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Estado de Minas ARTE URBANA

CURA: cultura amaz�nica ocupa o Centro de BH na pr�xima edi��o

A �ltima edi��o trouxe Jaider Esbell e Daiara Tukano. A 6� edi��o ser� realizada na Pra�a Raul Soares e est� com convocat�ria aberta


13/09/2021 09:00 - atualizado 13/09/2021 10:19

'Entidades', obra do artista Jaider Esbell.
'Entidades', obra do artista Jaider Esbell. (foto: Tulio Santos/EM/D.A Press)

 

A sinuosidade e a grandeza do Rio Amazonas fluindo pela Pra�a Raul Soares, no Centro de Belo Horizonte. A epifania nasce dos cora��es e das mentes das idealizadoras do Circuito Urbano de Arte (CURA), Jana�na Macruz, Juliana Flores e Priscila Amoni, que come�am a dar pistas do que ser� a 6ª edi��o do Festival Cura.

 

O festival lan�ou, neste domingo (12/09) convocat�ria para os artistas que queiram participar desta edi��o e ficar�  no ar por 13 dias no site do festival www.cura.art.

 

Desta vez, o palco das atividades art�sticas e sociais ser� a pra�a Raul Soares, o marco zero de Belo Horizonte, no per�odo de 21 de outubro e 2 de novembro. O tema principal dessa edi��o ser� a diversidade de vozes e verdade hegem�nicas. 

 

O festival traz para BH, nas atividades art�sticas e a��es sociais, o Rio Amazonas e suas diversas significa��es para seus povos. Para isso, alguns temas como as cren�as, as religi�es e as culturas ind�genas do pa�s guiaram a curadoria.

 

O festival envolve dire��o art�stica complexa, tanto das empenas como desse estudo da Pra�a Raul Soares e da Avenida Amazonas.

As curadoras refazem o percurso que sai da Rua Sapuca�, vai em dire��o a Avenida Amazonas at� chegar a Pra�a Raul Soares.  "A obra da Daiara Tukano, que est� l�, anuncia o novo Cura. A obra dela e  de Jaider Esbell, dois ind�genas, anunciam essa nova etapa curatorial nossa. N�o por acaso a Pra�a Raul Soares tem um conceito ind�gena", Priscila d� pistas. No entanto, os detalhes ser�o apresentados em entrevista coletiva.

 

Para Priscila Amoni, uma das idealizadoras do CURA, esses temas se unem � capital mineira. “Os rituais e a espiritualidade brasileira que est�o nos nossos povos, que sofrem constante de uma tentativa de genoc�dio e etnoc�dio, no sentido f�sico e tamb�m espiritual”, menciona Priscila.  

 
Os caminhos abertos

Os preparativos para a edi��o j� est�o a todo vapor. Priscila Amoni destaca que, neste momento, h� uma forte empenho do festival para buscar artistas com identidades diversas para a edi��o, mais uma das miss�es do coletivo.

 

 

“Estamos cada vez mais pr�ximos dos artistas ind�genas e dos povos origin�rios. O CURA � um festival que busca aprofundar nesse Brasil origin�rio e tamb�m afrodiasp�rico”, comenta a idealizadora.

 

O festival pretende dialogar n�o apenas com o hype da arte, mas pretende se consolidar com um dos principais festivais de arte p�blica do Brasil. "Queremos colocar Belo Horizonte no mapa mundial dos festivais por esse vi�s: ouvir as vozes doss povos origin�rios e da cultura popular."

 

O mote desse ano "Voc� n�o est� sozinha" busca esse contato "quadridimensional", outras dimens�es e anti-hegem�nicas, com um di�logo com os rituais e a espiritualidade brasileira dos povos origin�rios, que t�m sido atacados por uma parte da sociedade. 

 

Na edi��o passada, duas obras do CURA abriram caminhos para o tema edi��o deste ano. ‘Entidade’, obra de Jaider Esbell, artista ind�gena, � uma estrutura infl�vel de duas cobras que marcou o viaduto Santa Tereza, um dos principais pontos da cidade. No xamanismo ind�gena, esses animais significam cura, fortalecimento e regenera��o. 

 

'Selva Mãe do Rio Menino', da artista Daiara Tukano.
'Selva M�e do Rio Menino', da artista Daiara Tukano. (foto: Reprodu��o/ Instagram Instagrafite)

 

Outra presen�a marcante da �ltima edi��o foi da obra ‘Selva M�e do Rio Menino’ da artista ind�gena Daiara Tukano, que realizou um mural no centro da capital representando uma mulher ind�gena segurando uma crian�a no colo.

 

Tamb�m foi realizada uma a��o que anunciou a 6ª edi��o do Cura. A atriz e dramaturga Grace Pass� apresentou o Manifesto do Abra�o, uma a��o realizada, para restaurar a pintura do DMS. "Aproveitamos esse ensejo que � a vontade de se abra�ar, revitalizando aquele abra�o", diz Priscila. 

 

A empena 'O Abraço', do artista DMS (Davi de Melo Santos), localizada na fachada do edifício Príncipe de Gales, na rua dos Tupinambás.
A empena 'O Abra�o', do artista DMS (Davi de Melo Santos), localizada na fachada do edif�cio Pr�ncipe de Gales, na rua dos Tupinamb�s. (foto: Leandro Couri/EM/D.A Press)
 

Defesa dos povos ind�genas 

Reafirmando seu compromisso pol�tico para al�m da arte, o CURA tamb�m demonstra a sua preocupa��o com o debate sobre a demarca��o das terras ind�genas. Embora o debate sobre o Marco Temporal n�o tenha sido a inspira��o, o festival contribui para dar visibilidade aos povos ind�genas neste momento.

 

Priscila cita como as discuss�es sobre o Marco Temporal se unem e confluem com a escolha do tema e da Pra�a Raul Soares como local para a realiza��o do evento. Via de acesso � pra�a, a Avenida Amazonas foi batizada em men��o a um dos principais rios do Brasil, importante meio e recurso para diversos povos ind�genas da regi�o. 

 

Os povos ind�genas s�o cont�rios ao Marco Temporal, que define a Constitui��o de 1988 como par�metro para a remarca��o das terras ind�genas. O tema segue em julgamento no Superior Tribunal Federal (STF).  "Somos contra o Marco Temporal. Somos a favor das novas demarca��es. A gente est� em prol de unir as vozes com as dos povos ind�genas."


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