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Estado de Minas MORTALIDADE INFANTIL

Crian�as negras t�m 39% mais chances de morrer antes dos 5 anos

Estudo da Fiocruz mostra o impacto da desigualdade racial na mortalidade infantil do Brasil


05/10/2022 09:44 - atualizado 05/10/2022 13:53

Criança negra apoiado em uma cerca
Crian�as negras e ind�genas t�m mais chances de morrer por causas evit�veis devido � desigualdade social (foto: Dazzle Jam)


Estudo da Fiocruz mostra como as desigualdades etnorraciais interferem diretamente na mortalidade infantil no Brasil. Crian�as negras t�m 39% mais risco de morrerem antes de completarem 5 anos. Realizado pelo Centro de Integra��o de Dados e Conhecimentos para Sa�de (Cidacs/Fiocruz Bahia), o estudo foi publicado na edi��o de outubro do The Lancet Global Health.
 
A pesquisa parte da percep��o de que o racismo � um determinante social no Brasil e que diminui o acesso � sa�de pelas popula��es negras e ind�genas. “No Brasil, as injusti�as raciais levam a maus resultados na sa�de materno-infantil para popula��es negras e ind�genas, incluindo maiores riscos de complica��es relacionadas � gravidez; diminui��o do acesso aos cuidados pr�-natais, parto e p�s-natal; e maiores taxas de mortalidade infantil”, afirma o artigo. 

O estudo observou 19,5 milh�es de crian�as nascidas entre 1º de janeiro de 2012 e 31 de dezembro de 2018 e concluiu que grande parte das mortes foi por causas evit�veis, como m� nutri��o e diarreia. 
 
Entre as crian�as negras, h� duas vezes mais risco de morrer por m� nutri��o, 72% mais de risco de morrer por diarreia e 78% mais chances de morrer por pneumonia do que crian�as brancas. A situa��o de crian�as ind�genas tamb�m � desoladora, com 14 vezes mais chances de morrer por diarreia, 16 vezes mais por m� nutri��o e 7 vezes mais chances de morrer por pneumonia. 

Causas acidentais tamb�m foram consideradas pela pesquisa, mostrando que uma crian�a preta tem 37%, e uma crian�a ind�gena chega a ter 74% mais risco de morrer em um acidente do que crian�as brancas.

Ao observar as m�es, foi poss�vel constatar que uma vez que a popula��o negra tem menos acesso � educa��o e � servi�os de sa�de, iniciando o pr�-natal tardiamente, colocamo a qualidade da gravidez em risco. � recomendado que as m�es fa�am pelo menos seis consultas de pr�-natal, mas o estudo mostra que quase um ter�o das m�es ind�genas e uma a cada dez m�es negras fizeram apenas tr�s consultas. Um reflexo desse dado � que 15% dos beb�s ind�genas nasceram prematuros, e desses, 90% nasceram com menos de 2,5 kg.

“J� existem as pol�ticas Nacional de Sa�de Integral do Povo Ind�gena desde 2002 e da Pol�tica Nacional de Sa�de Integral da Popula��o Negra desde 2006, mas elas precisam ter mais recursos para que sejam implementadas, e o estudo mostra essa necessidade”, afirma Poliana Rebou�as, pesquisadora associada ao Cidacs/Fiocruz Bahia que liderou o estudo, � Ag�ncia Fiocruz de Not�cias.

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