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Estado de Minas CARTUNISTA

Mauricio de Sousa se emociona ao falar de filho e diz que discute personagem gay com roteiristas

Em entrevista � BBC News Brasil, cartunista falou ainda sobre a representa��o de grupos minorit�rios em seus quadrinhos e sobre livro que est� lan�ando com 'proposta diferenciada' focando na defesa do meio ambiente.


27/10/2021 10:02 - atualizado 27/10/2021 11:20


Mauricio de Sousa sentado em sofá segurando bonecos de personagens da turma da Mônica
Cartunista diz que h� estudos em andamento para a cria��o de um personagem gay na Turma da M�nica (foto: Caio Gallucci/ Divulga��o)

Com 86 anos completados nesta quarta-feira (27/10), o mais famoso quadrinista brasileiro n�o para de mirar para o futuro. Mauricio de Sousa, o pai da Turma da M�nica, lan�a o livro Sou Um Rio , um verdadeiro manifesto em defesa do meio ambiente �s v�speras da COP-26, a confer�ncia sobre mudan�as clim�ticas que come�a neste domingos, dia 31, em Glasgow, no Reino Unido.

Em conversa com a BBC News Brasil, realizada via Skype na �ltima sexta, ele se diz "fortemente decidido" a arrega�ar as mangas e emprestar seu talento para cada vez mais se posicionar como uma voz ecologista. E garante estar preparado para as cr�ticas, nesses tempos de polariza��o intensa em que defender a natureza costuma ser visto como uma postura de oposi��o a governantes como o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro.

No novo livro, a famosa turminha de personagens que o consagrou n�o estar� presente. Para ele, o assunto � s�rio demais para brincadeiras. "A decis�o foi estrat�gica. A Turma da M�nica, entrando com aquele clima todo, brincadeiras, humor, iria desviar a aten��o do leitor, principalmente o leitor crian�a, o jovenzinho. Iria desviar do foco que � cuidar do meio ambiente. Isso � uma coisa que eu queria deixar bem na cara do leitor, com ilustra��es tamb�m n�o escandalosamente lindas, bonitas, coloridas, mas adequadas [ao tema]", afirma.

"Eu n�o podia botar a Turma da M�nica toda alegrinha, alegrinha, porque ela n�o pode deixar de ser alegrinha, num livro onde eu queria colocar uma proposta diferenciada", argumenta.

A obra foi distribu�da antecipadamente a todos os confrades de Mauricio na Academia Paulista de Letras (APL), entidade da qual ele � membro desde 2011. "Fiquei muito orgulhoso porque o livro foi elogiado. Os acad�micos, todos eles, escritores e literatos, pegaram o livrinho e disseram: 'nossa, que caminho voc� tomou agora, que beleza, fa�a mais assim…'. Eu fiquei muito orgulhoso de mim mesmo", diz o quadrinista.

"O que est� acontecendo com nosso planeta � um esc�ndalo. Realmente, a gente est� ficando assustado com esse neg�cio de o mar cheio de pl�stico, os inc�ndios, a Amaz�nia sendo devastada, o Pantanal secando… Isso � o fim do mundo. O que que � isso? E o que est� faltando para come�ar a acontecer um retorno nesse neg�cio todo?", preocupa-se Mauricio.

Para ele, a resposta est� na melhoria da educa��o. Ele defende melhoria na estrutura das escolas, professores mais respeitados e melhor remunerados. "Conhecimento, realmente. E n�s estamos com falta de conhecimento, de bons m�todos de ensino… A conscientiza��o do ser humano, do homem e da mulher, vem do comecinho da vida", acrescenta.

E que no��es de preserva��o ambiental sejam ensinadas desde a tenra idade. "Quando faz dois anos j� est� precisando come�ar a ouvir coisas sobre o meio ambiente, o cuidado com a natureza, o cuidado com o mato, a mata, a �gua, com o pr�prio corpo. Est� tudo meio esquecid�o, a pessoa n�o est� entendendo bem, principalmente numa pandemia como essa que desmoronou uma s�rie de conceitos e tudo o mais. � assustador", comenta.

Sou Um Rio parte das reminisc�ncias da inf�ncia de Mauricio de Sousa, um menino que nasceu em Santa Isabel e cresceu em Mogi das Cruzes, no interior paulista. Ele recorda do "meu Tiet� limpo, onde nadava e ia pescar". E compara com "nosso Tiet� hoje, uma nojeira quando passa por S�o Paulo".

"Depois, l� adiante, depois que pega uns vegetais que comem a sujeira, comem a polui��o, o rio fica mais limpo de novo. A maioria dos rios est� contaminada. Pior ainda, os garimpos jogam produtos que envenenam os peixes, a invas�o dos garimpos na Amaz�nia � mais uma facada na �gua que era limpa", diz ainda.

"Eu n�o estou doentiamente preocupado [em fazer coisas em prol do meio ambiente], eu estou fortemente decidido. � diferente. Vamos continuar fazendo isso e usando nossas armas todas. Armas no bom sentido, que s�o os personagens, a ret�rica, a maneira de fazer livrinhos como este que v�o pingando, pingando a informa��o para o pessoal, sensibilizando", manifesta-se.

Ideologias, democracia e Jair Bolsonaro

No Brasil polarizado de hoje em dia, defender o meio ambiente � pedir para ser tachado de oposi��o ao governo de Jair Bolsonaro. Mauricio sabe onde est� pisando. Mas, mantendo a postura que construiu ao longo de sua longa carreira — a de n�o se posicionar politicamente —, pisa com cuidado, como se fosse um Casc�o procurando as pedras certas para atravessar um riacho sem se molhar.

Contudo, falar de meio ambiente n�o � tamb�m se expressar politicamente? "Voc� pode entender dessa maneira. A pol�tica de guerra n�o me atrai. A pol�tica de conjuga��o, de alguma maneira, que deve ser positiva porque tamb�m informativa, ter seus objetivos humanit�rios, sociais, um monte de objetivos… A pol�tica n�o � uma coisa ruim", explica ele.

"O pessoal � que est� entendendo mal o uso de algumas �reas pol�ticas… Nessas horas eu prefiro voltar para a Turminha da M�nica. Fa�o brincadeiras para desanuviar a cabe�a do pessoal, e at� das crian�as que ficam na frente da televis�o vendo desde cedo algumas coisas que n�o est�o entendendo bem", desconversa. "Ou est�o entendendo de alguma maneira. Vamos ter de falar de educa��o muito tamb�m. N�o s� de meio ambiente. Vamos falar de educa��o tamb�m."

Mauricio promete, contudo, se manter firme na defesa de seu discurso mesmo se atrair hordas de haters nas redes sociais. A�, para ele, a quest�o tem outro nome: democracia e liberdade de express�o. "Eu simplesmente vou ignorar [cr�ticas pelo seu posicionamento em defesa do meio ambiente]", enfatiza. "Eu tenho meus princ�pios aqui e as pessoas tamb�m t�m seus princ�pios. Estamos em um momento em que a gente tem de respeitar muito a democracia, a liberdade de express�o, a liberdade de opini�o, e tudo o mais. Eu vou usar minha liberdade para falar o que eu acho que � importante."

De olho nas discuss�es que devem ser travadas na Confer�ncia da ONU sobre o Clima, a COP-26, ele acredita que lan�ar o livro agora � tamb�m somar sua voz nesse contexto. E diz que n�o quer parar de meter o bedelho na quest�o: no futuro, a Mauricio de Sousa Produ��es deve publicar mais e mais obras a respeito do tema. "� uma coisa que eu tenho de fazer", diz. "Quero ainda botar o Chico Bento no cinema falando nisso."

Minorias representadas

Trazer quest�es ambientais para suas obras n�o � necessariamente uma novidade. Mensagens do tipo vem aparecendo cada vez mais nas historinhas para crian�as. � percept�vel tamb�m o esfor�o em se incluir representantes de grupos minorit�rios, seja nos enredos, seja como novos personagens.

Mauricio diz que n�o existe um manual para que sua equipe trate dessas quest�es. Ativo em todo o processo, o manual �, de certa forma, ele mesmo. "Eu converso com o pessoal. Afinal de contas, estamos h� 50 anos brincando de fazer hist�rias em quadrinhos e com bons resultados. Mais de meio s�culo. Isso n�o existe no Brasil e no mundo. Por causa de uma linha filos�fica que eu botei na nossa produ��o desde o in�cio e que foi passando de desenhista para desenhista, de roteirista para roteirista, com o olho gordo do dono", argumenta.

"Eu falo muito para o pessoal. Oriento muito o pessoal. E tenho ao meu lado a Alice Takeda, minha mulher [e diretora de arte da Mauricio de Sousa Produ��es], que tem os mesmos pensamentos do que eu", conta. "Fizemos uma dupla que est� incrivelmente unida na filosofia n�o s� do meio ambiente mas tamb�m na filosofia comportamental da crian�ada e dos adultos que leem as nossas hist�rias."

Considerado seu alter ego, o personagem Hor�cio, cuja obra completa est� sendo lan�ada em volumes especiais, resume bem esses princ�pios. "[Ele] espelha essas preocupa��es", diz Mauricio. "[Em suas tirinhas] tem racismo, tem alguma coisa ligada ao meio ambiente, tem a filosofia de vida dele. Que � muito legalzinho, bacana, faz o bem para todo mundo e se arrebenta de vez em quando, � a vida real."

Segundo ele, essa inclus�o de minorias � um processo consciente e feito com muito planejamento. "N�o veio de qualquer maneira, n�o. Chegou um dia em que eu me dei conta que eu fazia hist�rias baseadas na minha inf�ncia, e na minha inf�ncia havia diversos garotos, moleques que jogavam bola comigo e que tinham algum tipo de defici�ncia. A gente brincava e brigava do mesmo jeito. Estava faltando na minha hist�ria esse lado que eu vivi e que estava esquecendo", comenta.

"Comecei a estudar os tipos de defici�ncia que havia e fui criando personagens. Para isso, tive de estudar muito, convidar crian�as e jovens para que me falassem sobre como eles resolviam seus problemas, como um cadeirante atravessava a rua, quais cuidados tinha de ter a menina cega… Me deparei com um grupo ativo, corajoso, bem-humorado, resolvendo problemas. E tudo isso eu pude passar com meus personagens", relata. "Tudo para n�o botar nas minhas hist�rias preconceitos que, sem querer, a gente pega desde crian�a e arrasta na vida da gente. Pega desde crian�a e gruda maldosamente na gente. Foi uma coisa planejada. Tudo isso est� na minha cabe�a rolando."

Embora ele comece enfatizando os deficientes, n�o � o �nico grupo a ganhar destaque. Caso emblem�tico � da personagem Milena, uma crian�a negra que faz sucesso grande desde que foi lan�ada, em 2019. "Ela � a personagem que mais estourou no lan�amento", confirma Mauricio. "Agora em dezembro vamos lan�ar o segundo filme [live-action] da Turma da M�nica ['Turma da M�nica: Li��es'] e a Milena ser� uma das estrelas. Est� todo mundo apaixonado pela Milena. E acho que no cinema vai acontecer o que j� est� acontecendo com as hist�rias em quadrinhos."

De acordo com o quadrinista, "n�o h� limite" para criar personagens assim. "Depende de coragem, tempo, vontade e foco", resume.

Futuro personagem gay

- Leia: Minas T�nis Clube discute futuro de Maur�cio Souza por coment�rios homof�bicos

N�o � de hoje que ele vem sendo provocado com a ideia de um personagem homossexual. Se no universo da Turma da M�nica os personagens infantis n�o s�o sexualizados, algu�m com tal orienta��o poderia aparecer na Turma da M�nica Jovem, por exemplo. Ou, considerando a turminha original, tal grupo minorit�rio poderia ser representado pelos adultos — por exemplo, com um personagem sendo filho de um casal gay.

Ideias do p�blico n�o faltam mas sempre Mauricio procura tratar o tema com cautela. Desta vez, ele falou mais abertamente sobre o eventual projeto. "Vem vindo a�… Estou esperando um pouquinho que esteja cada vez mais aceita a posi��o do gay, principalmente. Eu tenho um filho, bem, que se assume [homossexual] e eu adoro meu filho [Mauro Sousa, diretor de espet�culos, parques e eventos da Mauricio de Sousa Produ��es]. Ele cuida de uma parte t�o importante [da empresa], que � a de shows e espet�culos. E d� um n� no pessoal que j� tem mais idade e mais experi�ncia", comenta.

"Estamos discutindo isso, sim. Estamos discutindo com os roteiristas, com o Mauro, com o pessoal pr�ximo da gente a� para que haja um personagem positivo. Em todos os sentidos", completa. E ent�o, visivelmente emocionado, come�a a falar do filho. "Afinal de contas, quando eu tomei caf� uma vez com o Mauro e o marido dele, abri a janela, n�?", lembra. O quadrinista postou uma foto tomando caf� com o casal, em maio de 2019, em sua conta no Instagram. "Porque a� as pessoas viram que eu estou junto com meu filho", contextualiza.

Com a voz um pouco embargada, Mauricio diz que quando Mauro revelou a ele a orienta��o sexual a not�cia foi recebida de forma "natural".

"Em casa foi natural", repete. "Eu acho que [para ele tamb�m], pelo que ele falou. Ele se abriu comigo tamb�m. E nos entendemos muito bem, sempre. Com meus filhos eu me entendo sempre muito bem. Esse caso foi meio diferente mas tamb�m foi uma experi�ncia muito interessante e agrad�vel, porque � a porta da vida e da felicidade. Realiza��o tamb�m."

"N�o pode haver obst�culos para sensa��es. � uma maneira, uma atitude, � uma palavra que me foge agora…", hesita, como que medindo as palavras. "De comportamento… Tamb�m n�o � comportamento, me foge a palavra. Mas de qualquer maneira, acho que todos n�s temos o direito de viver o que nos � agrad�vel, necess�rio e nos faz bem. Mas, principalmente, se faz bem para mais de um, � melhor ainda. Acho que foi uma experi�ncia muito boa para mim tamb�m."

A reportagem lembra a Mauricio que em 2017, quando foi entrevistado pelo programa Roda Viva, da TV Cultura, a resposta que ele deu � pergunta sobre um poss�vel personagem homossexual foi bem mais reticente. Podemos avaliar que houve uma mudan�a pessoal de postura? "Aprendemos todo dia. Com os relacionamentos da gente. N�o s� com a fam�lia, mas com a sociedade, realmente a gente aprende todo dia. O aprendizado tem de ser legal para voc�, sen�o fica mal, fica pesando na cabe�a", comenta.

Educa��o

Atento ao notici�rio, n�o se furta a comentar, com seu inconfund�vel bom humor, not�cias recentes. V� semelhan�as no atual movimento de turismo espacial com as aventuras de seu personagem Astronauta. "Lamento s� que minha idade n�o me permite voar com esses corajosos", afirma. "Mas agora est�o colocando um cara com mais de 90 anos [o ator William Shatner, que interpretou Capit�o Kirk na s�rie Star Trek ]. Ent�o quero cuidar da minha sa�de porque, de repente, com mais de 100 anos estou l� olhando a Terra de cima. Por que n�o?"

Mas o papo fica s�rio quando ele critica a qualidade da educa��o p�blica brasileiro. Fala com a autoridade de quem acabou, ainda que n�o fosse essa inten��o, "alfabetizando" gera��es de brasileiros com seus gibizinhos. "Minha briga com a educa��o formal no Brasil, governamental, minha briga � velha. N�o concordo com algumas coisas que s�o colocadas no curr�culo e n�o sou especializado nisso. Mas em primeiro lugar deviam pagar melhor os professores, tratar melhor os professores. Em segundo, ter mais cuidado, at� f�sico, com as escolas", aponta.

"� rid�culo a gente ver o estado, �s vezes, como algumas escolas est�o funcionando, recebendo os alunos. Depois ainda veio essa porcaria de pandemia que aqui ou ali afastou as crian�as da escola, v�o perder um ano, dois anos, tr�s anos de vida intelectual. Um absurdo o que est� acontecendo", comenta. "Temos de brigar pela educa��o adequada, correta, com objetivo, com foco e tudo o mais. Eu quero ajudar, colaborar. Dar a for�a que temos de comunica��o. Eu quero das as m�os para a educa��o formal, para que a gente possa ajudar tamb�m nisso."

Mauricio tem consci�ncia de que as hist�rias em quadrinhos podem ser a porta de entrada para o mundo da literatura. "Eu aprendi a ler com gibi. Minha m�e me ensinou a ler no gibi. E nunca mais parei, porque eu comecei a ler no gibi, depois de algum tempo, o pessoal precisa entender, depois de algum tempo que voc� l� gibi voc� quer ler alguma coisa mais profunda", diz. "A� voc� entra no livro, no livr�o, no cl�ssico e tudo o mais. A� entra em outros idiomas tamb�m para ler os livros. � uma magia. A leitura � uma magia, contagia e leva a gente adiante para o objetivo que voc� quiser. � um caminho sem volta, felizmente."

Pandemia e a reconstru��o do mundo

Na entrevista com a BBC News Brasil, Mauricio estava em sua casa na zona oeste de S�o Paulo. � de l� que tem trabalhado desde o in�cio da pandemia de covid-19.

"Toda essa trag�dia tamb�m trouxe um aprendizado de sobreviv�ncia. N�o s� de sobreviv�ncia por causa da doen�a. Mas sobreviv�ncia social. � um aprendizado social, familiar. Tanto que em alguns aprendizados h� div�rcios, em alguns h� aproxima��o", avalia.

"No meu caso, felizmente, est� muito aproximado. Eu e minha mulher criamos alguns h�bitos que n�o t�nhamos, tomamos caf� da tarde juntos, brindamos quando vamos almo�ar, jantar. Agradecemos pela comida, por tudo o que est� acontecendo, pela seguran�a que temos e tivemos at� agora, com todos os cuidados."

"Um dos mais not�veis [aprendizados] � voc� trabalhar de casa. No meu est�dio, os artistas trabalham sozinhos, ningu�m trabalha em dupla. A� [quando a pandemia chegou ao Brasil] todo mundo foi trabalhar em casa. E a produ��o aumentou. [As pessoas] economizaram tr�s, quatro horas de tr�nsito", analisa ele. "Meu est�dio agora � um est�dio vazio. Lindo. Mas vazio. Agora est� come�ando a onda de poder voltar aos poucos, com os cuidados devidos. Sigo duvidando que todos queiram voltar ao est�dio, porque muitos se acostumaram com a vida caseira. Eu estou aguardando o que vai acontecer. O que quer que aconte�a, n�s vamos nos adaptar. Eu tenho de me adaptar tamb�m, como presidente da empresa."

Esquiva-se, entretanto, de comentar a atua��o do presidente Jair Bolsonaro, criticado internacionalmente, frente � pandemia. "Estou acompanhando logicamente tudo isso que est� acontecendo. Leio dois jornais, todas as revistas semanais, estou bem informado. Mas prefiro, principalmente em um ve�culo de comunica��o, n�o entrar nesse assunto", tergiversa.

No p�s-pandemia, prev� uma "corrida para reformarmos o mundo".

"Eu estou nessa tamb�m", promete. "Estarei com minha pazinha l�. Ou jogando uma tinta legal na parede do mundo. Eu acredito que depois dessa sova que a gente levou do destino, as pessoas v�o se humanizar um pouco mais, v�o ter mais cuidado com a sa�de, ensinar para as crian�as e os jovens alguma forma de comportamento mais cuidadoso. Acho que vai haver uma reforma, um cuidado maior. Porque a surra que a gente levou foi muito forte."

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