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Estado de Minas DIVERSIDADE RACIAL

Black Power: Faculdade de Medicina da UFMG oferece toucas para cabelos afro

Um dos principais EPIs dos profissionais de sa�de ser� distribu�do a alunas e alunos negros da institui��o


03/11/2021 09:00 - atualizado 03/11/2021 10:17

Cartaz indica a distribuição de toucas para cabelos afros e black
Em 2018, 49,3% dos estudantes ingressantes na UFMG se declararam pardos ou pretos, de acordo com relat�rio divulgado pela institui��o (foto: Reprodu��o/ Faculdade de Medicina da UFMG -CPER)


A Faculdade de Medicina da UFMG oferece toucas descart�veis para alunos com cabelos afros. O projeto foi criado pela Comiss�o Permanente de Enfrentamento ao Racismo (CPER), que acompanha as pol�ticas e a��es de combate ao racismo na institui��o. As toucas s�o equipamentos de prote��o individual (EPIs) fundamentais para a medicina e �reas da sa�de. No entanto, a maioria desses utens�lios n�o � criada pensando em pessoas com cabelos black power, tran�as, dreadlocks ou volumosos.

As toucas distribu�das pela iniciativa s�o maiores, mais largas e com espa�o adequado para acomodar os cabelos de alunas e alunos negros. O uso � destinado para aulas pr�ticas que necessitem de EPIs, essenciais para garantir a seguran�a e a sa�de dos profissionais e dos pacientes. De acordo com a Faculdade de Medicina da UFMG, ser�o distribu�das 800 toucas no total.

Al�m dos estudantes em aulas pr�ticas, as toucas tamb�m ser�o oferecidas para alunos do curso de medicina que est�o na etapa de internato. Para compreender quantos desses estudantes negros necessitam da touca, foi criado um formul�rio para preenchimento.

Para al�m da importante seguran�a, sa�de e prote��o, a graduanda Marina Nascimento, do sexto per�odo de medicina, indica como o uso de toucas adequadas pode trazer um sentimento de pertencimento. “Eu, por exemplo, senti isso nas minhas primeiras experi�ncias com EPIs. Passei por isso com black e com tran�as, e a sensa��o foi ‘parece que meu corpo n�o deveria estar nesse lugar na posi��o de estudante’”, destaca Marina.

DIVERSIDADE RACIAL NA UNIVERSIDADE

De acordo com relat�rio de an�lise do perfil dos estudantes inscritos e matriculados nos cursos de gradua��o, divulgado pela UFMG em 2018, 49,3% dos estudantes ingressantes na UFMG se declararam pardos ou pretos. Essa mudan�a na �ltima d�cada tamb�m afetou a rotina do ambiente acad�mico e seus grupos, organiza��es e movimentos negros dentro da universidade.

A Comiss�o Permanente de Enfrentamento ao Racismo (CPER), respons�vel pela a��o, � um desses movimentos, criada em fevereiro deste ano na Faculdade de Medicina da UFMG. Seu principal objetivo � fortalecer as pol�ticas de inclus�o e diversidade racial na institui��o. Al�m disso, tamb�m atua no desenvolvimento de formas de combate ao racismo dentro e fora dos espa�os da universidade.

Atualmente, diversos �rg�os e grupos comp�em a comiss�o, como o Grupo de Estudos de Negritude e Interseccionalidades (GENI), estudantes ind�genas da institui��o, al�m de t�cnicos administrativos, professores e representa��o estudantil da Faculdade de Medicina. Al�m disso, tamb�m integram o CPER o Diret�rio Acad�mico Alfredo Balena e os centros acad�micos dos cursos de fonoaudiologia e de radiologia da UFMG.
 
* estagi�rio sob a supervis�o de M�rcia Maria Cruz 


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