
O coletivo Ter�a das Manas vai promover na ter�a, 30 de novembro, o movimento Pedalada Negritude Cicloativista, uma inciativa para trazer visibilidade, respeito e valoriza��o para as ciclistas negras. A pedalada tem como tema "Um giro pela mem�ria negra" e convida as participantes a conhecerem os pontos de BH que guardam a hist�ria da cultura negra, como o Quarteir�o do Soul, Monumento Zumbi e o Viaduto Santa Tereza.
Passar pelos pontos que marcam a hist�ria negra em Belo Horizonte � uma forma de resgatar aqueles que constru�ram a cidade, e que precisa ser mostrado e n�o pode ser resumido � escravid�o e ao sofrimento. "A hist�ria da escravid�o? Chega a gente j� cansou de ouvir, a gente quer ver a hist�ria de um povo que luta e tem resist�ncia e t� a� pra provar sua resist�ncia", afirma Lucilene.
SERVI�O:
- Pedalada Negritude Cicloativista
- Dia: 30/11, ter�a-feira
- Hor�rio: 19h
- Local: Pra�a Raul Soares
Ter�a das Manas
Segundo estudo do Instituto Patr�cia Galv�o/Locomotiva, 89% das mulheres temem sofrer alguma agress�o ao andarem de bicicleta. As mulheres que se prop�e a sa�rem sozinhas ainda escutam coment�rios machistas, sobre seus corpos, ou como se n�o poderiam estar ali ocupando aquele lugar com frases do tipo “"Sai da rua, menina!".
O coletivo Ter�a das Manas surgiu em 2018 como uma forma das mulheres se reunirem para andar de bicicleta sem sofrerem agress�es em seus percursos. Uma vez que � preciso que as mulheres ocupem os diversos espa�os urbanos, a coletividade gera seguran�a para alcan�ar esse objetivo.
O coletivo Ter�a das Manas surgiu em 2018 como uma forma das mulheres se reunirem para andar de bicicleta sem sofrerem agress�es em seus percursos. Uma vez que � preciso que as mulheres ocupem os diversos espa�os urbanos, a coletividade gera seguran�a para alcan�ar esse objetivo.

Para as mulheres negras, os desafios d�o ainda maiores, com relatos de mulheres negras que andam com as notas de compra da bicicleta para n�o serem questionadas se as bicicletas realmente as pertence. "Se esse espa�o da bicicleta n�o � para a mulher, para a mulher negra ele n�o � mesmo", comenta Lucilene.
Al�m disso, h� uma constru��o capacitista sobre o corpo da mulher, sobre ser capaz de fazer grandes esfor�os, subir morros de bicicleta, por exemplo. A mulher � colocada em um lugar de subjugada e fragilizada.
"� uma quest�o de vencer o medo, se voc� come�ou a subir o morro e voc� cansou, empurra, porque empurrar faz parte do processo, voc� n�o � menos por isso. � muito mais uma quest�o de empoderamento, do que o f�sico, porque o f�sico � uma parte que a gente supera com o tempo.", afirma Lucilene.
Mobilidade tem cor
Quanto mais perif�rico s�o os bairros, menos linhas de �nibus e menos ciclovias a popula��o que vive ali, em sua maioria negros e pardos, t�m acesso.
Segundo pesquisas do Projeto Colabora e do Instituto de Pol�ticas de Transportes e Desenvolvimento, apenas 10% das mulheres negras moram pr�ximas de alguma infraestrutura ciclovi�ria e 40,3% dos usu�rios de bicicleta no Brasil t�m renda entre 1 a 2 sal�rios m�nimos.