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Estado de Minas EDUCA��O INCLUSIVA

Pessoas com defici�ncia destacam experi�ncias de ensino

Inclus�o e acessibilidade de pessoas com defici�ncia � desafio da educa��o inclusiva; alunos encontram dificuldades em aprendizagem no ensino superior


15/12/2021 11:00 - atualizado 15/12/2021 11:36

Homem com deficiência visual caminhando
O Brasil tem mais de 45 milh�es de pessoas com alguma defici�ncia (foto: Reprodu��o/ Freepik por prostooleh)

       
Laila Suzigan � atleta de nata��o e estudante do curso de nutri��o da Faculdade Pit�goras e  Allef Cristian Gon�alves Santos, estudante do curso de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) s�o exemplos de como a educa��o inclusiva pode gerar frutos. No ensino superior, alunos com defici�ncia ingressam em cursos de gradua��o e p�s-gradua��o e questionam a acessibilidade e a inclus�o propostas pelos ensinos.  
 
 
Allef � uma pessoa surda, o primeiro de sua fam�lia a ingressar em uma institui��o federal de ensino. O estudante entende que vai ser preciso estudar e se dedicar muito para contribuir com a qualidade e as estrat�gias de ensino a pessoas surdas.
 
No entanto, Allef vem enfrentando diversas dificuldades no momento de sua aprendizagem. A universidade oferece int�rpretes de Libras para todas as aulas, que possuam alunos surdos ou com baixa audi��o. Apesar disso, Allef diz que ainda faltam mais int�rpretes para realizar a tradu��o de conte�dos do portugu�s para a Libras em outras atividades escolares.
 
Al�m disso, com o ensino remoto e as dificuldades do aprendizado � dist�ncia, Allef tamb�m faz cr�ticas � rotina de atividades e tarefas na universidade. 
 
“Tenho um pouco de dificuldade para ler, sem adapta��o, sem conviver com os colegas para tirar as d�vidas, sem traduzir as informa��es do portugu�s para a Libras � imposs�vel, n�o vou conseguir desenvolver”, comenta Allef.
 
No Brasil, mais de 45 milh�es de pessoas possuem alguma defici�ncia, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estat�stica (IBGE). O n�mero representa, atualmente, 25% da popula��o brasileira. Tamb�m de acordo com o IBGE, apenas 32% das PcD no Brasil possuem ensino fundamental completo.
 
“� muito importante para os surdos o int�rprete de Libras durante as aulas para que consigam entender melhor, tamb�m � uma estrat�gia de qualidades para que eles aprendam o tipo de simult�nea”, diz Allef, comentando sobre a import�ncia de ter a tradi��o simult�nea durante as aulas. Para o estudante, seria imposs�vel o aprendizado dos conte�dos sem um int�rprete. 

Os recursos inclusivos tamb�m s�o propostos nos vestibulares de ingresso � universidade. O Enem 2020, por exemplo, teve mais de 6,1 milh�es de inscri��es no geral, com 47 mil realizando a prova com atendimento especializado. Este formato cont�m acessibilidade de recursos.
 

Nestes casos, a inclus�o � realizada nos formatos das provas, com adapta��es no tamanho da fonte, por exemplo, na dura��o do tempo m�ximo do vestibular ou nas cadeiras e carteiras das salas. Al�m de pessoas com defici�ncia, tamb�m inclui idosos e gestantes e pessoas que est�o amamentando.  

EDUCA��O ALIADA DA PROFISS�O

Laila Suzigan � atleta de nata��o e estudante do curso de nutri��o da Faculdade Pit�goras. Aos 17 anos, a jovem foi diagnosticada com paraparesia, uma condi��o que afeta as capacidades de movimenta��o e locomo��o, atingindo principalmente as pernas.

Encontrou a paix�o pela nata��o, esporte no qual se tornou atleta profissional disputando competi��es nacionais e internacionais. Laila � medalhista de bronze nas Paralimp�adas de T�quio 2020, no revezamento misto 4x50.

Para Laila, a educa��o inclusiva � um caminho fundamental para o ensino de PCDs. “� de suma import�ncia ter essa educa��o inclusiva pois � uma forma das pessoas sem defici�ncia interagir e conhecer a realidade de uma PCD e entender que tamb�m temos uma vida, queremos um bom emprego, temos sexualidade”, comenta Laila, mencionando tamb�m a import�ncia da educa��o inclusiva para que as pessoas compreendam que todos s�o diferentes e que isso n�o � um problema.

A op��o pelo curso de nutri��o veio pelo grande interesse em aprender e atua na �rea e tamb�m pela oportunidade em relacionar os estudos com sua carreira como atleta de alto rendimento. A atleta menciona que o interesse por um curso n�o pode ser interrompido por causa da defici�ncia da pessoa. “Ningu�m pode e ningu�m tem o direito de limitar ningu�m. N�o deixe que ningu�m limite suas vontades”, diz Laila. 

CAMINHOS POSS�VEIS

O Dia Internacional da Pessoa com Defici�ncia foi definido na Assembleia Geral das Na��es Unidas, em 1992. Seu principal objetivo � promover mais compreens�o da sociedade sobre a import�ncia da igualdade e da inclus�o de pessoas com defici�ncia em aspectos sociais, educativos, culturais e econ�micos.
 
No Brasil, esse foi um dos principais marcos na cria��o de pr�ticas de inclus�o como a Lei Brasileira de Inclus�o (LBI). Tamb�m conhecido como Estatuto da Pessoa com Defici�ncia, o documento � “destinado a assegurar e a promover, em condi��es de igualdade, o exerc�cio dos direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com defici�ncia, visando � sua inclus�o social e cidadania”, como � destacado no primeiro artigo do Estatuto.
 
No documento, s�o apresentados alguns direitos fundamentais a serem garantidos na sociedade como o direito � vida, � habilita��o e reabilita��o das capacidades e habilidades, � sa�de, � educa��o, � moradia, ao trabalho, � cultura, ao esporte, ao turismo e ao lazer, ao transporte e � mobilidade, � assist�ncia social e � previd�ncia social.
 
No direito � educa��o, por exemplo, s�o assegurados m�todos e pr�ticas de aprendizados sem discrimina��o, que ofertem educa��o em portugu�s na L�ngua Brasileira de Sinais (Libras), no caso de pessoas surdas ou com baixa audi��o. Al�m disso, a LBI tamb�m menciona o acesso e a perman�ncia de estudantes com defici�ncia em todas as atividades, tarefas e espa�os do ambiente escolar.

Dentre os fatores de perman�ncia e garantia de direitos a PCD na educa��o, Allef destaca que a presen�a dos colegas tamb�m � fundamental para seu aprendizado, pois muitos contribuem com suas d�vidas e dificuldades com a l�ngua portuguesa. O estudante completa dizendo sobre a import�ncia do respeito no ambiente de educa��o, com a garantia de intera��o com os int�rpretes e com outros alunos.

“� muito importante estar com os colegas para me ajudar e ensinar as informa��es, pois tiro as d�vidas com eles, e consigo crescer, aprender e conviver melhor com os colegas”, diz Allef.



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