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Estado de Minas HIST�RICO

De Minas para os EUA: mineiro � o 1� brasileiro negro formado em Harvard

Arthur Abrantes � natural de Paracatu, formou-se h� cerca de um m�s e possui canal onde ensina pessoas como ele a aplicarem para universidades estadunidenses


04/07/2022 17:29 - atualizado 04/07/2022 18:40

Arthur é um homem negro de cabelos e olhos escuros. Ele usa uma beca preta por cima de uma camisa social azul claro e uma gravata listrada em amarelo e azul marinho. Ele segura uma bandeira do Brasil
Arthur Abrantes � o primeiro brasileiro negro a se formar em Harvard (foto: Arquivo Pessoal/Reprodu��o)
O mineiro Arthur Abrantes, de 26 anos, tornou-se o primeiro brasileiro negro a se formar na Universidade de Harvard, uma das institui��es de ensino privado mais prestigiadas do mundo, sediada nos Estados Unidos. Ele se formou em Computa��o, Psicologia e Franc�s e a cerim�nia ocorreu h� cerca de um m�s. Em suas redes sociais, Arthur dedicou seu sucesso ao pai, Wariston, que faleceu em 2018, durante seu segundo ano de gradua��o.

Nascido e criado em Paracatu, regi�o Noroeste de Minas Gerais, Arthur sempre estudou em escolas p�blicas e n�o pensava em ir para uma universidade ap�s a conclus�o do ensino m�dio. Durante esse per�odo, no entanto, enquanto estudava no Instituto Federal do Tri�ngulo Mineiro (IFTM), assistiu a uma reportagem sobre Tabata Amaral (PSB), atual deputada federal eleita pelo PDT que, na �poca, era uma estudante brasileira rec�m-aprovada em Yale, outra universidade estadunidense.

Com a possibilidade de obter bolsa integral por necessidade financeira, Arthur come�ou a trabalhar para que pudesse seguir o mesmo caminho. “Nem passava pela minha cabe�a fazer uma universidade nem no Brasil, quanto mais fora. Meu pai n�o teve a oportunidade de estudar, mas quis isso para os filhos”, conta ele.
 

Dedica��o 


Quando passou no IFTM, Arthur conta que come�ou a perceber que tinha grandes chances de ir para o ensino superior, e passou a estudar ingl�s por conta pr�pria atrav�s da internet, aplicativos e s�ries televisivas, al�m de se esfor�ar para manter notas altas na escola e conciliar com atividades extracurriculares que s�o exigidas para o ingresso em universidades estrangeiras, como esportes, teatro, grupo de rob�tica e competi��es cient�ficas.

Apesar de todo o trabalho para construir um curr�culo acad�mico denso, o jovem ainda n�o tinha condi��es financeiras para estudar nos EUA. Foi ent�o que, em 2015, logo que se formou no ensino m�dio, Arthur foi selecionado para participar do projeto Jovens Embaixadores (JE), uma iniciativa oficial do Departamento de Estado Norte-americano, coordenado, no Brasil, pela Embaixada e Consulados dos EUA, e que arca com os custos das passagens a�reas, do transporte e da estadia dos estudantes.

O projeto foi criado em 2002 e �, basicamente, um interc�mbio de curta dura��o nos EUA para estudantes brasileiros do ensino m�dio da rede p�blica. Para participar, � necess�rio preencher uma s�rie de pr�-requisitos, como ter entre 15 e 18 anos; ter boa flu�ncia em ingl�s; nunca ter viajado para os EUA; possuir bom desempenho escolar; estar engajado em iniciativas de empreendedorismo ou de impacto social em sua comunidade; entre outros.
 

Inspira��o 

 
Fascinado pelo pa�s, Arthur tirou o ano de 2015 para dedicar �s candidaturas �s universidades estadunidenses, contando com o apoio financeiro e de mentoria da Funda��o Estudar. Ao final do processo, passou em sete universidades com bolsa integral e optou por Harvard.

Atualmente, ele continua morando nos EUA e trabalha como engenheiro de software em uma startup estadunidense, mas sonha em fundar sua pr�pria empresa e trabalhar como empreendedor, impactando a vida das pessoas. Ele tamb�m possui um perfil no Instagram, onde ensina seu p�blico a aplicar para universidades nos Estados Unidos, e expressa sua vontade de inspirar outras pessoas.
 

“Ter sido o primeiro brasileiro negro e o primeiro mineiro a se formar em Harvard foi muito emocionante, n�o s� pelo que isso representa para mim, mas pelo que representa a todas as pessoas que s�o semelhantes a mim ou que v�m de lugares parecidos com os meus. Assim como eu descobri essa possibilidade porque vi outra pessoa fazendo. Espero que essa hist�ria incentive e inspire outras pessoas a chegar � universidade, seja no exterior ou no Brasil”, conta.


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