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Estado de Minas REPRESENTATIVIDADE FEMININA

Encabe�ando poucas chapas, mulheres podem vencer em apenas 2 dos 27 estados

De acordo com �ltima pesquisa do Ipec, as candidatas mulheres aparecem na lideran�a em quatro estados e na capital federal


28/09/2022 08:00 - atualizado 01/11/2022 10:44

retrato de Raquel Lyra, Fátima Bezerra, Leila do Vôlei, Marília Arraes, Tersa Surita e Márcia Pinheiro
Raquel Lyra, F�tima Bezerra, Leila do V�lei, Mar�lia Arraes, Tersa Surita e M�rcia Pinheiro (foto: Redes sociais/montagem)

O n�mero de mulheres eleitas para governar os estados brasileiros pode aumentar de maneira muito t�mida nestas elei��es. Entre os 26 estados e o Distrito Fedral, as mulheres aparecem bem pontuadas em apenas quatro e na capital federal, de acordo com pesquisa de inten��o de votos, divulgada em 24 de setembro pelo Ipec, com margem de erro de tr�s pontos para cima ou para baixo.
 
Essa quadro � reflexo da estrat�gia dos partidos que optaram por candidaturas masculinas na maior parte e chapas compostas apenas por homens. Chapas com duas mulheres s�o rar�ssimas, como � o caso da candidatura ao governo de Minas pelo partido Unidade Popular, que tem Indira Xavier e Edna Gon�alves, respectivamente como candidata ao governadora e vice. O PSOL tamb�m optou por chapa formada por duas mulheres: Lorene Figueiredo e Ana Azzevedo.
O n�mero de mulheres que ocupam cargos no executivo � muito baixo no Brasil e deve aumentar pouco nos governos estaduais neste pleito. A doutora em ci�ncia pol�tica e pesquisadora da Universidade de Cardiff Larissa Peixoto avalia que a baixa presen�a de mulheres se deve � competitividade alta para ocupar esses cargos dentro do partido. "Existe uma competi��o interna muito grande para ser candidatos a esses cargos, que tem um n�mero de vagas muito menor do que para o legislativo", afirma.
 
De maneira geral, os partidos adotaram uma estrat�gia de colocar as mulheres apenas como vice nas chapas. Na avalia��o da cientista pol�tica, o objetivo � mostrar que a agremia��o � progressista e tamb�m uma forma de receber mais recursos dos financiamentos p�blicos. No entanto, efetivamente, pode n�o significar avan�os em termos de representatividade feminina na pol�tica.
 
O n�mero de candidatas ao cargo de vice-governadora � maior do que de mulheres que est�o na cabe�a de chapa. Em 2014, eram 57 candidatas a vice, n�mero que passou para 82, em 2018, e 94, neste pleito. J� para governadora, em 201, eram 24 candidatas, n�mero que saltou para 31, em 2018, e 38, em 2022. "Para o cargo de governadora, as candidaturas continuam poucas, mas para vice aumentaram. Os partidos fazem uso desse espa�o para dizer 'olha, temos mulheres' e dizer que s�o progressistas", analisa Larissa.  

Duas mulheres podem vencer nos estados 

Elas aparecem bem pontuadas nas disputas do Mato Grosso, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Roraima e no DF. Em 2018, F�tima Bezerra (PT) foi a �nica mulher eleita em todo o Brasil para governar um estado. 
 
A petista mant�m chances de se reeleger. Em Pernambuco, Mar�lia Arraes (Solidariedade) aparece � frente das pesquisas em um cen�rio bastante indefinido ainda para o segundo turno. Em Roraima, Teresa Surita (MDB) est� em segundo lugar, por�m, a pesquisa mostra que a elei��o pode ser decidida j� no primeiro turno.
 
No Rio Grande do Norte, F�tima Bezerra (PT) lidera com 49%, seguida de Capit�o Styvenson (Podemos) com 20%. Em Pernambuco, Mar�lia Arraes mant�m a lideran�a, com 33% das inten��es de voto, seguida por Danilo Cabral (PSB),  com 11%, Raquel Lyra (PSDB), Miguel Coelho (Uni�o Brasil) e Anderson Ferreira (PL), com respectivamente 8%, 13%, 8% e 12%.
 
Em Roraima Teresa Surita (MDB) aparece em segundo lugar, com 37% das inten��es de voto, contra o atual governador Antonio Denarium, que tenta a reelei��o, e tem 50% das inten��es de voto.
 
Na capital federal, Leila do V�lei tem 9% das inten��es de voto, est� em terceiro lugar e pode chegar ao segundo turno. No Mato Grosso, M�rcia Pinheiro (PV) est� em segundo lugar, com 15% das inten��es de voto, contra Mauro Mendes (Uni�o Brasil), que lidera com 60%. A diferen�a para o segundo colocado � de 45 pontos percentuais. 

'Ainda � preciso uma grande mudan�a'

Algumas raz�es colaboram para a maior parte das candidaturas nos estados brasileiros ser de homens. A pesquisadora aponta a trajet�ria pol�tica dos homens, que costuma ser mais longa do que mulheres, o que faz com que, pela idade, sejam os nomes indicados. Os homens tamb�m conseguem acessar as fontes de financimento com mais facilidade. 
 
A mudan�a na legisla��o eleitoral nos crit�rios que definem financiamento resultou em aumento no n�mero de mulheres candidatas a vice-governadoras. "Vimos essas candidaturas crescerem, porque, com candidatura feminina na chapa, o partido pode pleitear mais dinheiro." No entanto, Larissa destaca que podem ser estrat�gias apenas pr�-forma.
 
A pesquisadora afirma que a representatividade nos munic�pios � similar aos estados. Mulheres est�o mais presentes em cidades menores, que n�o as projetam para cargos mais altos. 
 
"Representatividade das mulheres na pol�tica est� muito atr�s no Brasil. Temos caminho longo a percorrer", diz.  Chapa com duas mulheres � minoria.  "No momento, n�o temos muita raz�o para estar otimista com n�mero de mulheres a cargos executivos. Ainda � preciso ter grande mudan�a no Brasil.
 


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