Os �ltimos epis�dios do reality “Casamento �s Cegas” foram ao ar nesta quarta-feira (11/01) pela Netflix e mostrou os desfechos dos casais que seguiram at� o altar. Com mais diversidade entre os participantes, principalmente entre as mulhers que fugiram ao padr�o, a temporada trouxe debates sobre gordofobia e machismo.
Diferentemente da temporada de estreia, a diretora C�ssia Dian trouxe mais “brasilidade” e diversidade de corpos na segunda temporada de “Casamento �s Cegas”. Pode-se observar a presen�a de diversos tons de pele, assim como a presen�a de uma mulher gorda, a consultora de imagem Amanda Souza, de 35 anos.
Gordofobia
Amanda viveu um epis�dio de gordofobia durante o programa. O especialista em recursos humanos Paulo Simi se interessou por Amanda e pela m�dica Bruna Ferreira durante a primeira fase do programa, quando os participantes n�o se veem. Entretanto, Bruna desistiu do programa e pediu a Paulo que desistisse tamb�m, por acreditar que a hist�ria dos dois deveria ser vivida fora das c�meras e dos holofotes.
Paulo ent�o decidiu continuar no reality e investir em Amanda, se dizendo apaixonado por ela. Tudo mudou quando se viram pela primeira vez, assim que encontrou a consultora de imagem, o participante desistiu do pedido de casamento, justificando que ela seria “forte demais”. A justificativa foi interpretada pelos espectadores como gordofobia e gerou cr�ticas.
“Ela n�o � nada parecida com o que j� lidei na minha vida. Ela � forte. � maravilhosa. N�o sei se eu consigo aguentar”, justificou Paulo. “Uma mulher t�o forte assim do seu lado. Talvez, eu n�o seja o homem forte que ela queira ter ao seu lado ou que ela mere�a estar do lado. Eu n�o vou casar”, completou.
Amanda afirmou que n�o se arrepende de ter participado do Casamento �s cegas, uma vez que estar em um programa de alcance nacional ajuda a dar visibilidade para outras mulheres gordas.
"A autoestima de outras mulheres gordas � importante para mim. Toda vez que meu corpo puder ocupar um espa�o, eu farei. Claro que d�i. � um gatilho para muitas e para mim tamb�m. Imagina quantas vezes eu j� n�o vivi isso? Tenho encontros e acontece o tempo todo”, contou Amanda ao portal Splash.
Algum tempo depois, Paulo engatou um romance com Bruna e, depois de dois meses de relacionamento, est�o morando juntos. O especialista em recursos humanos chegou a elogiar a milit�ncia e for�a da m�dica.
Machismo em pauta
A participante Thamara T�rez conquistou o interesse de v�rios participantes, e Thiago Andreotti se sentiu incomodado com o fato.
“Voc� foi uma das pessoas que eu mais gostei. Chegando l� (no lounge), geral falou de voc�. A gente at� brincou, n�, ‘p�, a Thamara � golpe, hein? T� apaixonando geral'”, comentou Thiago com Thamara na cabine.
Alisson Hentges e Akin Santos, que participaram da discuss�o com Thiago, apontaram o julgamento do rapaz e defenderam Thamara. Thiago seguiu argumentando que todos ali julgam e s�o julgados e Akin afirmou que a atitude era machista.
"N�o, acho que � reprodu��o, t� ligado? As pessoas n�o concordam, logicamente, porque � muito mais dif�cil voc� se reconhecer como algo que voc� acha que n�o �”, disse Akin. “Eu imagino que tenha sido um inconsciente coletivo trazendo pontos machistas dentro desse debate amplo sobre uma pessoa”, completou.
E os casais LGBTQIA+?
Apesar da maior diversidade na segunda edi��o, a comunidade LGBTQIA questiona a falta de casais fora do padr�o heteronormativo. Entretanto, a diretora Cassia Dian explica que seria necess�rio mudar toda a din�mica do programa, uma vez que os casais s� podem se ver na segunda fase do programa e a conviv�ncia no lounge � separada por g�nero.
“H� uma din�mica e um formato que precisam ser adaptados para receber casais que n�o sejam heterossexuais”, explicou C�ssia ao Estado de S. Paulo. “A premissa � que os casais n�o se vejam no in�cio, mas temos os lounges. Ent�o, as pessoas do mesmo sexo n�o poderiam ficar juntas e conviver no mesmo ambiente”, completa.
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