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Estado de Minas LGBTFOBIA

Um LGBTQIA+ � morto a cada 34 horas, diz relat�rio de Grupo Gay da Bahia

De acordo com documento, 256 LGBTQIA+ foram v�timas de morte violenta. Minas ocupa o quarto lugar no ranking nacional de assassinatos


19/01/2023 11:48 - atualizado 19/01/2023 12:59

Mão negra envolvida com uma faixa com as cores LGBTQIA+
Cento e vinte das v�timas foram identificadas como pardas (46,8%) e pretas (14,8%), 37,1% brancas e 1% ind�genas (foto: Pexels)
O Grupo Gay da Bahia divulgou relat�rio de mortes violentas no Brasil em 2022. De acordo com o levantamento, 256 LGBTQIA+ foram v�timas de morte violenta: 242 homic�dios (94,5%) e 14 suic�dios (5,4%). O Brasil continua sendo o pa�s onde mais LGBTQIA+  s�o assassinados no mundo: uma morte a cada 34 horas.  
 
A pequenina Timom (MA), com popula��o de 161.721, � o munic�pio brasileiro mais in�spito para um LGBT, 62 vezes mais perigoso que S�o Paulo. O estado mais “gayfriendly” � o Rio Grande do Sul e o mais homof�bico, Amap�, com quatro veze mais mortes violentas de LGBT que m�dia nacional. Minas ocupa o quarto lugar no ranking nacional.
 
H� 43 anos, os dados s�o coletados e analisados pelo Grupo Gay da Bahia (GGB), que se baseia em not�cias publicadas nos meios de comunica��o.

De acordo com o GGB, as autoridades policiais alcan�aram �xito na elucida��o de apenas 35,9% desses casos."O Estado insiste em n�o monitorar a viol�ncia homotransf�bica e o resultado n�o poderia ser outro, a subnotifica��o: esses n�meros representam apenas a ponta de um enorme iceberg de �dio e sangue", pontua o GGB. 

Cultura de �dio

Os registros documentaram entre 1963 e 2022 a morte violenta de 6.977 LGBT em todo o pa�s. Tomando como amostra os cinco �ltimos governos, foram mortos anualmente uma m�dia de 127 LGBT nos oito anos da presid�ncia de Fernando Henrique Cardoso, 163 nos dois mandatos de Luiz In�cio Lula da Silva, 360 nos governos Dilma Rousseff e MichelTemer, e 251 nos quatro anos de Bolsonaro, perfazendo um total de 1.122 mortes.
 
"Os dados revelam que apesar do Capit�o Bolsonaro ter sido o presidente mais homof�bico da hist�ria republicana, a viol�ncia letal contra LGBT diminuiu 30% em rela��o a seus antecessores Dilma-Temer. A �nica explica��o para essa contradit�ria redu��o de mortes remete-nos necessariamente � maior reclus�o da popula��o LGBT durante a pandemia da COVID-19 e ao temor disseminado entre os LGBT pelo persistente discurso de �dio governamental, evitando locais e situa��es de maior risco", analisa o GGB.

Mortes por regi�o

O Nordeste � a regi�o mais insegura para LGBT, com 43,3% das mortes (111). A  Bahia assume a primeira posi��o no ranking com 27 mortes (10,5%), seguido de Pernambuco na terceira posi��o e do Maranh�o na quinta. 
 
O Sudeste ocupa o segundo lugar, com 63 mortes (24,6%), demonstrando que as melhores condi��es socioecon�micas desta regi�o n�o implicam necessariamente em maior respeito aos direitos humanos e cidadania das minorias sexuais.

O Norte vem em terceiro lugar, com 14% (36 mortes), o Centro Oeste com 31 ocorr�ncias (12,1%).

O Sul � a regi�o menos perigosa, com  15 casos (5,8%). Sul e Sudeste t�m as menores taxas, liderado pelo Sul, com uma morte a cada 2 milh�es de habitantes. 

A Bahia aparece no topo do ranking com 27 mortes violentas de LGBT (10,5%), S�o Paulo em segundo lugar, 25 (9,7%), em terceiro Pernambuco 20 casos (7,8%), em quarto Minas Gerais com 18 (7,0%) e no quinto lugar, Maranh�o e Par� (5,8%), com 15 mortes.

Rio de Janeiro que no relat�rio anterior ocupava o terceiro lugar, com 27 casos, em 2022 foi o nono classificado, com 12 mortes. "A oscila��o anual a mais ou a menos destes n�meros n�o permite conclus�es sociol�gicas evidentes, j� que n�o se observaram mudan�as cruciais na seguran�a p�blica desse Estado que justificasse menor n�mero de sinistros", diz o GGB.
 
Os estados onde ocorreram menor n�mero de �bitos (2 casos, 0,7%) foram Roraima e Rond�nia na regi�o Norte, assim como no Rio Grande do Sul e Santa Catarina, na regi�o Sul. Acre e Tocantins, que em 2021 tiveram uma morte cada um, n�o notificaram nos meios de comunica��o nenhum assassinato de LGBT em 2022. 

Perfil das v�timas

De acordo com o levantamento, os gays continuam sendo o segmento mais vitimado por mortes violentas em termos absolutos, embora as “trans”, que representam por volta de um milh�o de pessoas, proporcionalmente correm 19% a mais de risco de crimes letais que os homossexuais. Entre as v�timas, tamb�m est�o dois heterossexuais que foram confundidos com gays.
 
Quanto � idade das v�timas, predomina a faixa et�ria dos 18 aos 29 anos (43,7%), o mais jovem com 13 e o mais idoso, com 81 anos. 

As travestis, transexuais e transg�neros s�o assassinadas antes de completar 40 anos: do total de 110 v�timas trans, 83% morreram entre os 15 e 39 anos.

No tocante � cor, caracter�stica demogr�fica raramente indicada nas reportagens, obrigando-nos a classific�-las a partir de suas fotos publicadas pela m�dia, 120 das v�timas foram identificadas como pardas (46,8%) e pretas (14,8%), 37,1% brancas e 1% ind�genas. 


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