
No longa, Fraser d� vida � Charlie, um professor de 270Kg que vive recluso em seu apartamento e, ap�s receber a not�cia de que morrer� em breve, tenta se reaproximar da filha adolescente que havia abandonado para viver um romance com seu companheiro. “A Baleia” enfrentou severas cr�ticas por cenas gordof�bicas, por n�o ter escalado um ator gordo para o papel principal e pelo uso de fat suit.
Antes de Fraser, outros cinco atores ganharam a estatueta de melhor ator por personagens gays: William Hurt por "O Beijo da Mulher Aranha" (1985); Tom Hanks, por "Filad�lfia" (1993); Philip Seymour Hoffman, por "Capote" (2005); Sean Penn, por "Milk: A Voz da Igualdade" (2008); e Rami Malek, por "Bohemian Rhapsody" (2018).
Invisibilidade em Hollywood
A conquista de Fraser marca mais um ano de invisibilidade dos atores gays na premia��o. Em 2016, o ator Ian Mckellen, indicado duas vezes ao Oscar, escreveu um artigo para o jornal brit�nico “The Guardian” sobre como a homofobia � um problema t�o grande quanto o racismo em Hollywood, uma vez que nenhum ator abertamente gay ganhou um Oscar de Melhor Ator.
Ian foi indicado a melhor ator por “Deuses e Monstros” (1999) e como melhor Ator Coadjuvante por Gandalf em “Senhor dos An�is - A sociedade do Anel” (2001). “Meu discurso foi em dois palet�s… 'Tenho orgulho de ser o primeiro homem abertamente gay a ganhar o Oscar.' Tive que coloc�-lo de volta no bolso duas vezes”, declarou McKellen ao “The Guardian”.
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A afirma��o de McKellen segue sendo verdade oito anos depois de sua publica��o. Das 13 indica��es de atores gays para a categoria, apenas ele, Paul Winfield e Nigel Hawthorne, j� haviam falado sobre sua sexualidade quando foram indicados e n�o levaram a estatueta. Nas demais indica��es, os atores apenas se assumiram anos depois. Um exemplo � Marlon Brando, com cinco indica��es e dois Oscar, por “On the Waterfront” (1954) e “O Poderoso Chef�o” (1972), mas s� assumiu ter rela��es com outros homens em 1976.
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