
Um ato racista de um aluno contra uma professora gerou protestos nesta ter�a-feira (14) na C�mara Legislativa do Distrito Federal. A rea��o ocorre uma semana ap�s um aluno do (CEM) Centro de Ensino M�dio 09 de Ceil�ndia entregar a uma professora negra uma esponja de a�o.
Na cena filmada, colegas de classe d�o risada da atitude do colega e do momento em que a professora, constrangida, abre o suposto presente.
A Comiss�o de Direitos Humanos, presidida pelo deputado F�bio Felix, questionou a Secretaria de Educa��o do Distrito Federal acerca de quais medidas est�o sendo tomadas para evitar que o epis�dio se repita. O grupo tamb�m indaga a pasta se o curr�culo da escola continha a disciplina Hist�ria e Cultura Afro-Brasileira. Nesta ter�a-feira (14), o epis�dio foi repudiado por deputados na C�mara Legislativa do DF.
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A deputada Doutora Jane (Agir) afirma que se trata de um desrespeito � mulher negra e professora. "Racismo n�o � brincadeira, racismo � crime. No caso daquele jovem, � um ato infracional an�logo ao crime de racismo."
Jane disse ainda que pedir� que a Pol�cia Civil investigue o caso.
O deputado Joaquim Roriz Neto (PL) disse que a situa��o � inadmiss�vel. "Temos que combater todo tipo de racismo. Precisamos entender que esse racismo estrutural leva � viol�ncia contra a mulher."
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Para o deputado Gabriel Magno (PT), "a ignor�ncia parece que tomou conta de uma parcela da sociedade". "As pessoas dizem que � s� uma brincadeira, n�o vimos nenhuma solidariedade naquele v�deo."
Em nota tamb�m publicada nesta ter�a, o Sinpro-DF (Sindicato de Professores do Distrito Federal) repudiou o epis�dio e disse que o estudante cometeu duas "atrocidades dissimuladas em brincadeira".
"� importante destacar que brincadeiras e piadas s� s�o divertimento quando todo mundo sorri e se diverte. Brincadeiras n�o geram constrangimento, dores, humilha��es nas pessoas", declarou o sindicato, que afirmou que o fato de a escola ter pedido ao aluno que escrevesse uma carta e lesse em p�blico n�o � suficiente.
"Isso n�o � suficiente para reparar a profundidade e a extens�o do constrangimento, do sofrimento e da dor que marcou n�o s� a professora, mas tamb�m todos (as) que viveram a cena e sentiram o peso do racismo estrutural e do �dio �s mulheres", disse o sindicato que atribui como responsabilidade do governo do Distrito Federal o epis�dio.
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