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Estado de Minas DIA DA MULHER

DF: Professora n�o viu racismo em esponja de a�o que recebeu de aluno

Edmar S�nia viu o gesto mais como um empoderamento machista e revelou n�o pretender, at� o momento, registrar um boletim de ocorr�ncia contra o estudante


15/03/2023 17:56 - atualizado 15/03/2023 18:28

Edmar Sônia é uma mulher negra de cabelos curtos e crespos na cor castanha. Ela usa uma camiseta azul
Professora que recebeu esponja de a�o de "presente" no Dia da Mulher n�o viu racismo no ato (foto: Mariana Lins/Divulga��o)
Ap�s a repercuss�o do v�deo em que recebe de “presente” um pacote de esponja de a�o, a professora de portugu�s Edmar S�nia, 48, decidiu falar sobre o ocorrido que tem gerado pol�mica e revolta entre internautas e chamado aten��o de autoridades, como a Pol�cia Civil do Distrito Federal (PCDF).

Na manh� desta quarta-feira (15/3), a educadora conversou com o Correio sobre o que pensa sobre a atitude do estudante e revelou estar mais assustada com a propor��o que o v�deo tomou do que com o epis�dio em si. “Hoje, eu fiquei sabendo que um jornalista franc�s tentou entrar em contato comigo para falar sobre o ocorrido”, revela a docente, que teve a hist�ria amplamente transmitida no notici�rio nacional.

Apesar do gesto reprov�vel, Edmar conta que, at� o momento, ela vem mantendo uma rela��o “satisfat�ria” com os alunos do Centro de Ensino M�dio (CEM) 09 de Ceil�ndia, onde foi feita a grava��o, incluindo o adolescente que lhe deu o presente ofensivo. “N�o houve um conflito. Foi uma manifesta��o repentina comigo. N�o consigo pensar que aquilo foi algo pensado para acontecer comigo”, confessa a professora.

Na conversa com a reportagem, ela n�o conseguiu confirmar a vers�o de que o “presente” teria sido oferecido anteriormente � namorada do estudante, que n�o o aceitou e n�o � negra, segundo o que foi informado por outro funcion�rio da institui��o.

No entanto, Edmar conta que n�o v� racismo expl�cito no gesto do aluno, mas que, talvez, o preconceito estaria oculto. “Eu enxerguei mais como uma forma de empoderamento machista, mas entendo que, para outras pessoas, isso deve ter do�do nesse lugar da ra�a”, pondera.

Edmar � professora h� 17 anos e come�ou a lecionar no CEM 09 este ano. Ela conta que n�o sofreu epis�dios de racismo ao longo da vida, tanto dentro quanto fora da sala de aula, mas o fato de ser mulher j� a fez ouvir muitos coment�rios e piadas desagrad�veis. “J� tive que aguentar falas nos diminuindo e criticando nossas condutas no tr�nsito, por exemplo”, lamenta.

At� o momento, a professora n�o pretende registrar um boletim de ocorr�ncia contra o estudante. Contudo, mesmo sem querer oficializar den�ncia por inj�ria, a Delegacia da Crian�a e do Adolescente (DCA) 2 (Taguatinga) j� instaurou procedimentos para investigar o fato ocorrido na sala de aula. O delegado chefe adjunto da unidade, Fl�vio Messina, explicou para o Correio que quando h� infra��o envolvendo menores de idade, a pol�cia pode empreender investiga��o mesmo sem a den�ncia da v�tima.

Se o caso for para a Justi�a, a depender do entendimento do juiz, o adolescente, se culpado, pode sofrer medidas socioeducativas, que podem ser uma advert�ncia, obriga��o de reparar o dano, presta��o de servi�os � comunidade, liberdade assistida, inser��o em regime de semiliberdade ou interna��o em estabelecimento educacional.
 

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