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Estado de Minas REPRESENTATIVIDADE FEMININA

Promotora negra se torna pe�a-chave no combate � corrup��o em MG

'Enquanto defensora da sociedade, eu vi uma admira��o da sociedade em me ver representada por uma mulher negra', diz Marianna Michelette


28/03/2023 13:00 - atualizado 28/03/2023 17:23

Marianna, mulher negra de 34 anos e cabelos black power, posa para foto sorrindo usando um vestido sem mangas preto
Marianna Michelette se torna a primeira coordenadora do CORA-LD (Coordenadoria Estadual de rastreamento de Ativos e Combate � Lavagem de Dinheiro) (foto: Divulga��o/MPMG)


A promotora de Justi�a Marianna Michelette da Silva foi anunciada no �ltimo s�bado (24/03) � frente da Coordenadoria Estadual de rastreamento de Ativos e Combate � Lavagem de Dinheiro (CORA-LD). Mulher e negra, ela ir� liderar investiga��es e a��es de enfrentamento a crimes como corrup��o, tr�fico de drogas e sonega��o fiscal. 

Marianna conta que, apesar de todos os Minist�rios P�blicos estaduais executarem estrat�gias de combate  � lavagem de dinheiro, a CORA-LD, nos moldes em que foi criada aqui em Minas Gerais, � uma estrutura in�dita na hist�ria do Brasil. 

“Justamente para otimizar essa esp�cie de investiga��o que houve a cria��o da CORA. O compromisso do MPMG ficou mais forte, mais ativo e percept�vel com a cria��o desta coordenadoria, que vai poder auxiliar desde a micro criminalidade at� a macro criminalidade”, afirma a promotora.

Representatividade 

Marianna � natural de Londrina, no Paran�. Filha de advogado e professor de direito, desde crian�a teve interesse pela �rea jur�dica, e assistia filmes sobre o tema. Ingressou na Universidade Estadual de Londrina e j� no primeiro ano da faculdade, iniciou um est�gio no Minist�rio P�blico do Paran�, e se apaixonou pela institui��o. “Ali eu j� sabia que queria ser promotora de Justi�a. Para mim foi um caminho bem natural”, conta Marianna.

P�s-graduada em Minist�rio P�blico e Estado Democr�tico de Direito pela Funda��o Escola do Minist�rio P�blico do Estado do Paran� (FEMPAR) e em Direito Internacional e Econ�mico pela  Universidade Estadual de Londrina (UEL). Tamb�m no estado de origem atuou no combate ao crime organizado.

Marianna ressalta que mulheres geralmente acumulam muitas fun��es, e com ela n�o foi diferente. Al�m de dividir as tarefas de casa com o marido, Marianna se dedicou a estudar para concurso p�blico e depois �s atribui��es como promotora de Justi�a. Em 2019 foi aprovada no 56º Concurso para Ingresso na Carreira do Minist�rio P�blico de Minas Gerais em uma turma quase igualit�ria, com 19 mulheres e 21 homens. 

“Principalmente depois que fui aprovada como promotora de Justi�a, eu entendi o impacto positivo para a sociedade. Enquanto defensora da sociedade, porque o promotor de Justi�a � isso, � defensor da sociedade, eu vi uma admira��o da sociedade em me ver representada por uma mulher negra, o que n�o � comum, infelizmente”, pontua. 

Atualmente, aos 34 anos, enquanto atuava na comarca de Itabira, foi convidada pelo Procurador-Geral de Justi�a MG, Jarbas Soares J�nior, para coordenar a CORA, um desafio que aceitou de bra�os abertos. “Meu objetivo principal � estruturar a coordenadora de forma que ela consiga efetivamente atender a todo o estado”, afirma Marianna.

Combate � corrup��o 

Marianna explica que, para al�m da atua��o legislativa e de org�os executivos de controle, � dever tamb�m do poder publico atuar de forma repressiva para punir aqueles que enriquecem de forma iliciata e recuperar para o poder p�blico e para a sociedade o dinheiro obtido forma ilegal. 

Assim, a CORA foi criada na �ltima semana dentro da estrutura da Unidade de Combate ao Crime e � Corrup��o (UCC) com o objetivo de fortalecimento do Comit� Interinstitucional de Recupera��o de Ativos (CIRA). A coordenadoria � formada em conjunto com o Minist�rio P�blico, a Receita Estadual, a Policia Civil, Policia Militar e a Advocacia-Geral do Estado de Minas Gerais. 

Nessa perspectiva, o MPMG tem como prioridade institucional impactar na l�gica econ�mica de organiza��es criminosas, seja qual for o crime. Entre os mais comuns est�o  a corrup��o, sonega��o fiscal, tr�fico de drogas e crimes corporativos cometidos por grandes empresas, todos com uma raiz comum: a decis�o de um indiv�duo que tem como objetivo a obten��o de lucro por quaisquer meios. 

A partir do momento que � constatado o crime em que haja um enriquecimento il�cito cometido por qualquer pessoa ou organiza��o criminosa, o promotor de Justi�a pode solicitar o apoio da CORA. Assim se dar�  o in�cio tanto o rastreamento desses ativos il�citos quanto a repress�o da lavagem de dinheiro.

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