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Estado de Minas LUTO

Morre Alzira Rufino, refer�ncia da milit�ncia negra

A escritora e ativista morreu na noite de ontem (26/4) e deixou um rico legado para a comunidade negra


27/04/2023 15:59 - atualizado 27/04/2023 16:25

Alzira Rufino
Al�m de diversos poemas e ensaios, tamb�m participou de algumas edi��es dos Cadernos Negros, organizados pela editora Quilombhoje (foto: Arquivo Pessoal)
Alzira Rufino, fundadora e diretora da Casa de Cultura da Mulher Negra, morreu aos 73 anos na noite de quarta-feira (26/4) em Santos, S�o Paulo. A intelectual estava internada no Hospital Ana Costa e a causa da morte ainda n�o foi divulgada.


Nascida em Santos em julho de 1949, Alzira veio de uma fam�lia pobre do bairro do Macuco e por sua condi��o, trabalhou desde a inf�ncia, vendendo sacos vazios de cimento, peixe e palhas de t�bua, com seu irm�o e sua m�e, que era catadora de caf�. Aos 19, iniciou estudos na �rea da sa�de, e anos mais tarde, graduou-se em enfermagem.


Seu envolvimento com movimentos pol�ticos e sociais iniciou-se no fim dos anos 70, e a partir da d�cada de 80, come�ou a frequentar eventos do movimento de mulheres negras.

 

 


Alzira se auto intitulava uma “batalhadora incans�vel pelos direitos da mulher, sobretudo da mulher negra”, e suas diversas iniciativas comprovam a declara��o. 


Em mar�o de 1985, organizou a primeira Semana da Mulher da Regi�o da Baixada Santista; em 1986, fundou o Coletivo de Mulheres Negras da Baixada Santista, considerado um dos mais antigos grupos de mulheres negras do Brasil; j� em 1987, do Coral Infantil Om� Oy� — cujo nome vem de um canto afirmativo que remete � identidade das religi�es de matriz africana — e do Grupo de Dan�a Afro Aja�na; e, em 1990, fundou a Casa de Cultura da Mulher Negra, a organiza��o n�o-governamental que dirigiu at� o fim de sua vida oferecia acolhimento, com apoio psicol�gico e jur�dico, a v�timas de preconceito racial e viol�ncia dom�stica.

 

 


Por seu poderoso legado, Alzira recebeu in�meros pr�mios e homenagens em sua vida: em 1991, levou o pr�mio Mulher do Ano, do Conselho Nacional da Mulher Brasileira; em 1992, foi a primeira mulher negra a portar o t�tulo de Cidad� Em�rita, da C�mara Municipal de Santos; no ano de 2009, recebeu o IV Pr�mio �frica Brasil, do Centro Cultural Africano; H� oito anos, em 2014, ganhou a Medalha Ruth Cardoso, da Assembleia Legislativa de S�o Paulo; e, em 2016, foi a vencedora do Pr�mio Dandara, do Conselho Municipal de Participa��o e Desenvolvimento da Comunidade Negra (CMPDCN) e Coordenadoria de Promo��o da Igualdade Racial e �tnica (Copire) da Prefeitura de Santos.


Alzira tamb�m deixou sua marca registrada na literatura, onde obteve grande destaque, principalmente por seu  livro de poemas ‘Eu, mulher negra, resisto’, de 1988. Ao todo, ela escreveu 19 obras.

 

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