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Estado de Minas VIOL�NCIA

Jovem agredido em Portugal: 'N�o tenho medo de amea�as, vou at� o fim'

Casal gay v�tima de viol�ncia em bar, em Lisboa, conta tem sido intimidado para que desistam de pedir as imagens do dia em que foram agredidos por seguran�as


03/06/2023 11:52 - atualizado 03/06/2023 12:34
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Jefferson Tenório em hospital, com o rosto bastante machucado e olhos inchados
Jefferson Ten�rio em hospital, com o rosto machucado, conta que j� constituiu advogados para levar o caso adiante (foto: Reprodu��o)

Lisboa —
A fam�lia do brasileiro Jefferson Ten�rio, 29 anos, agredido brutalmente h� pouco mais de uma semana por seguran�as do bar Titanic, em Lisboa, est� recebendo uma s�rie de amea�as. A maior parte das mensagens diz para o rapaz abrir m�o de pedir as imagens do dia da agress�o, pois as consequ�ncias ser�o pesadas.


Ele afirma, por�m, que n�o se intimidar� com esse tipo de intimida��o, pois tem consci�ncia de seus direitos como cidad�o. “N�o tenho medo de amea�as, vou at� o fim”, diz ao Correio Braziliense, ainda com a voz prejudicada pelos socos que recebeu no rosto, que o levaram a fazer uma cirurgia de tr�s horas para recompor o nariz. Ele tamb�m n�o consegue enxergar direito, pois o globo ocular de um dos olhos foi afetado.

Leia tamb�m: Casal gay brasileiro � espancado em boate de Portugal


Os �ltimos dias foram pesados para o alagoano Jefferson e o namorado dele, Luiz Almeida, 30, do Cear�, tamb�m v�tima da viol�ncia. Os dois foram obrigados a sair de Lisboa para tentar se recompor dos traumas causados pela agress�o. Desde ent�o, enquanto alternam idas ao hospital e depoimentos � Pol�cia de Seguran�a P�blica (PSP), os dois t�m se submetido a sess�es com psic�logos para recompor o emocional.

“� muito dif�cil passar por uma viol�ncia como a que enfrentamos. Nos sentimos fr�geis e desamparados. Por pouco, o Jefferson n�o morreu afogado, pois os seguran�as do Titanic o agrediram com socos e pontap�s dentro do rio Tejo, que passa nos fundos do bar. Eles tentaram afog�-lo”, frisa Lu�s.


Jefferson conta que j� constituiu advogados para levar o caso adiante. Segundo ele, todas as provas da agress�o que quase lhe tirou a vida est�o sendo levantadas e v�o levar os respons�veis � pris�o. “Vamos responsabilizar todos os envolvidos na viol�ncia, pedir condena��o e indeniza��o por tudo o que eu e o Lu�s estamos passando”, ressalta.


O namorado dele acrescenta que, al�m dos pr�prios advogados, os dois t�m recebido amplo apoio do Consulado do Brasil em Lisboa, sobretudo na �rea jur�dica. “O certo � que vamos nos posicionar sem medo, at� para ajudar outros brasileiros que t�m sido v�timas do mesmo tipo de viol�ncia ou de algo pior”, assinala Jefferson.

Estatuto de igualdade

Os dois rapazes chamam a aten��o para a necessidade de os brasileiros que vivem em Portugal terem o mesmo tratamento dado a portugueses por parte das for�as de seguran�a. No dia da agress�o, que come�ou depois que Lu�s tentou entrar novamente no bar para ir ao banheiro, os agentes que atenderam a ocorr�ncia n�o deixaram as v�timas darem a sua vers�o para o caso.

Prevaleceu sempre a voz dos agressores — um deles, inclusive, tamb�m deu um soco na cara da prima de Lu�s, Cinara, que mora na It�lia e estava em Lisboa a passeio. Agora, o processo de investiga��o est� sendo conduzido por outra delegacia, para n�o haver contamina��o no inqu�rito e dar a real voz a todos os lados.


“H� um estatuto de igualdade assinado entre Brasil e Portugal, que garante direitos e deveres a brasileiros e portugueses nos dois pa�ses. Ent�o, isso deve prevalecer. Pelo que vemos at� hoje, na maioria das vezes, esse estatuto de igualdade n�o est� valendo”, diz Jefferson. “Pe�o �s autoridades brasileiras e portuguesas que fa�am o poss�vel para que o estatuto de igualdade seja seguido � risca. N�o pode ficar apenas no papel”, destaca.

Segundo Lu�s, nenhum caso de viol�ncia, de desrespeito aos direitos humanos, pode ficar sem resposta para n�o prevalecer a sensa��o de impunidade junto � popula��o. “Queremos justi�a, e vamos fazer de tudo para que o nosso caso n�o caia no esquecimento”, refor�a Jefferson.


A viol�ncia contra os dois brasileiros ocorreu na madrugada de 22 de maio. Os dois e a prima de Lu�s decidiram encerrar um dia de muita alegria no Titanic, que fica no Cais do Sodr�, regi�o central de Lisboa. Divertiram-se um bocado no bar at� �s 3h da manh�, quando decidiram ir para casa. Logo na sa�da, Jefferson voltou para usar o banheiro.

Lu�s, que j� estava do lado de fora, tentou entrar no estabelecimento para tamb�m ir ao toilete, mas foi barrado e empurrado por um seguran�a. A partir da�, uma simples discuss�o descambou para uma agress�o desmedida contra os rapazes, a ponto de um deles quase perder a vida.


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