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Estado de Minas FESTA EM BH

Andr� Valad�o � vaiado na Parada LGBT+: 'N�o use igreja para nos diminuir'

Personalidades presentes na 24� Parada LGBT+ de BH alfinetaram o pastor, que constantemente discursa contra a comunidade LGBTQIAPN+


09/07/2023 13:25 - atualizado 10/07/2023 10:16
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Por volta das 13h deste domingo (9/7), durante a 24ª Parada LGBT+ de Belo Horizonte, na Pra�a da Esta��o, no Centro da capital, a presidente do Centro de Luta Pela Livre Orienta��o Sexual (Cellos) de Contagem, Evellyn Loren, e a drag queen Justiny Chosen criticaram o pastor Andr� Valad�o, que constantemente ataca a comunidade LGBTQIAPN+.

"N�s n�o vamos nos calar, n�o use sua igreja, senhor Andr� Valad�o, para tentar nos diminuir. Queria uma vaia para esse pastor, bem sentida, gente", disse Evellyn, prontamente atendida pelas pessoas presentes no local.

Justiny completou o discurso e aproveitou a deixa para apresentar, como ela anunciou, “duas sapat�es pastoras”. "Essa pra�a est� ocupada por v�rias religi�es, nosso pa�s � laico. E n�o vamos nos calar, Andr� Valad�o. N�o te queremos na cadeia, queremos que pague uma multa que voc� n�o vai dar conta para a comunidade LGBTQIAPN+. Repara��o hist�rica. E por todes", declarou.

As duas pastoras tiveram a voz da palavra e tamb�m destacaram o orgulho de fazer parte da comunidade LGBTQIAPN sendo da Igreja.
Justiny Chosen
A drag queen Justiny Chosen apresentou duas pastoras l�sbicas durante a Parada (foto: Reprodu��o/Redes sociais)
 
Em nota, o pastor Andr� Valad�o afirmou que jamais incentivou a viol�ncia contra pessoas da comunidade LGBTQIA+. “Que bem fique claro: repudio qualquer ataque e uso ou incita��o de viol�ncia f�sica ou verbal a pessoas por conta da orienta��o sexual”, disse. “Sou contra qualquer crime de �dio e sei que, como crist�o, devemos acolher a todos”.  

24ª Parada LGBT


Com o tema "Democracia: Liberdade e Direitos para Todes", a edi��o deste ano busca levar ao p�blico a reflex�o sobre a import�ncia da liberdade e de direitos assegurados para todas as pessoas, independentemente de g�nero e de orienta��o sexual.

Estavam previstos 50 atra��es belo-horizontinas e cinco trios el�tricos, que sair�o em cortejo at� a Pra�a Raul Soares, no Bairro Barro Preto, a partir das 16h. O palco conta ainda com int�rpretes de Libras (L�ngua Brasileira de Sinais).

Estrutura


Na edi��o deste ano, a Parada LGBT de BH re�ne dois centros de acolhimento: um no Shopping Cidade, piso S�o Paulo, e outro ao lado do Mercado Central, na entrada da Avenida Augusto de Lima. Tamb�m h� um posto m�dico com UTI m�vel ao lado do palco principal, duas ambul�ncias – uma ao in�cio e outra ao fim do cortejo – e 12 tendas de apoio para informa��es. O evento ainda tem apoio de 294 guardas municipais e 230 policiais militares.

Uma novidade deste ano � a estrutura do palco que, al�m de estar maior que nas edi��es anteriores, tem uma passarela, permitindo que os apresentadores, artistas e convidados fiquem mais pr�ximos do p�blico.

Investimento


Organizada pelo Centro de Luta Pela Livre Orienta��o Sexual de Minas Gerais (Cellos-MG), a Parada do Orgulho de Belo Horizonte conta com o investimento de R$ 300 mil do munic�pio e R$ 50 mil de emendas parlamentares vindas da C�mara Municipal de Belo Horizonte.

A expectativa de movimenta��o financeira para esta edi��o � de R$ 19 milh�es, boa parte vinda de fora da capital mineira. De acordo com o subsecret�rio de Direito e Cidadania, Thiago Alves da Costa, cerca de 40% do p�blico que comparecem � Parada s�o do interior de Minas Gerais ou de outros estados.


Qual a defini��o de transfobia?


A transfobia configura qualquer a��o ou comportamento que se baseia no medo, na intoler�ncia, na rejei��o, no �dio ou na discrimina��o contra pessoas trans por conta de sua identidade de g�nero. Comportamentos transf�bicos s�o aqueles que dizem respeito a quaisquer agress�es f�sicas, verbais ou psicol�gicas manifestadas contra a express�o de g�nero de pessoas trans e travestis.

O que � um ato transf�bico?


Atos transf�bicos podem ser cometidos por qualquer pessoa, mas geralmente partem de pessoas cisg�nero que n�o compreendem ou t�m avers�o � comunidade trans, desencadeando a��es como crimes de �dio.

Diferentemente de crimes comuns ou daqueles considerados passionais, a viol�ncia letal contra pessoas trans podem ter como fator determinante a identidade de g�nero ou a orienta��o sexual da pessoa agredida.

A transgeneridade


Para entender melhor as rela��es entre identidade de g�nero, � importante saber a diferen�a entre cisg�nero e transg�nero:

Cisg�nero � aquela pessoa que se identifica com seu sexo biol�gico, seja masculino ou feminino (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia feminina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher cis).

Transg�nero � aquela pessoa que n�o se identifica com o sexo biol�gico que nasceu (exemplo: uma pessoa que nasceu com genit�lia masculina e se identifica com o g�nero feminino � uma mulher trans).

Existem, tamb�m, diferen�as entre mulheres transg�nero e travestis que se concentram em suas identidades de g�nero e maneiras de express�-las.

O termo transg�nero pode ser utilizado para se referir �s pessoas que n�o se identificam com o seu sexo biol�gico e que podem buscar tratamentos hormonais ou cir�rgicos para se assemelharem ao g�nero com o qual se identificam.

J� o termo travesti se refere uma identidade brasileira relativa apenas �s pessoas com o sexo biol�gico masculino que se identificam com o g�nero feminino e n�o necessariamente buscam mudar as suas caracter�sticas originais por meio de tratamentos.

Direitos das pessoas trans no Brasil

A Constitui��o Federal de 1988 n�o faz refer�ncia expl�cita � comunidade LGBTQIAP , mas muitos dos seus princ�pios fundamentais englobam essa parcela da sociedade. � o caso do princ�pio da dignidade humana; da igualdade entre todos; e do dever de punir qualquer tipo de discrimina��o que atente contra os direitos fundamentais de todos.

Com eles, h� dispositivos legais estaduais e municipais que tratam especificamente sobre a popula��o LGBTQIAP e transfobia. Um exemplo � o Decreto 41.798 do Estado do Rio de Janeiro, de 2009, que criou o Conselho dos Direitos da Popula��o LGBTQIAP , que tem como finalidade e responsabilidade:

  • estimular e propor pol�ticas p�blicas de promo��o da igualdade e de inser��o educacional e cultural dessa popula��o;
  • adotar medidalegislativas que visam eliminar a discrimina��o por orienta��o sexual e identidade de g�nero;
  • receber, examinar e efetuar den�ncias que envolvam atos discriminat�rios contra membros da comunidade LGBTQIAP .

Outros avan�os legislativos envolvem o reconhecimento em 2018, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), do direito das pessoas de alterarem seu g�nero e nome civil nos cart�rios – agora, sem a obrigatoriedade de passar por cirurgia de redesigna��o.

H� tamb�m a decis�o do STF de 2019 de enquadrar crimes de LGBTfobia na lei do racismo – com as mesmas penas –, enquanto uma legisla��o espec�fica n�o � elaborada.

Dados sobre a transfobia no Brasil


O Brasil ainda n�o possui dados oficiais sobre LGBTfobia em geral e os dados sobre a transfobia no pa�s s�o divulgados pela Antra (Associa��o Nacional de Travestis e Transexuais) anualmente com base, principalmente, em not�cias publicadas pela m�dia.

Como j� comentado, o Brasil � o pa�s que mais mata pessoas trans no mundo – o que n�o configura apenas assassinatos, mas tamb�m inclui outras causas de morte, como suic�dio e les�es em decorr�ncia de agress�es.

Brasil tem Secretaria LGBTQIA


Atualmente, o Minist�rio dos Direitos Humanos e Cidadania conta com a Secretaria Nacional dos Direitos das Pessoas LGBTQIA , comandada pela travesti paraense Symmy Larrat.

Junto ao Minist�rio da Justi�a, a Secretaria LGBTQIA articula projetos para prote��o da popula��o trans, inclusive com participa��o da Antra e das deputadas Erika Hilton (PSOL-SP) e Duda Salabert (PDT-MG), as primeiras parlamentares transg�nero da hist�ria do Congresso Nacional.


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