
Ainda na segunda, em sua p�gina no Twitter, Valad�o afirmou nunca ter incitado fi�is a avan�ar contra qualquer pessoa.
"N�o fiz nada al�m do que repetir o que est� escrito na B�blia. [...] quis lembrar das consequ�ncias que o pecado pode ter sobre todos n�s. Cabe a n�s cuidarmos para que nossos filhos n�o caiam em armadilhas que os distanciem de Deus", declarou o pastor.
Encontros do grupo ocorriam em um n�cleo belo-horizontino da Lagoinha nas noites de segunda e de quarta-feira. Ainda n�o h� confirma��o sobre o novo espa�o a ser utilizado. As reuni�es eram registradas por meio de v�deos e fotos nas redes sociais, mas nunca replicadas pela igreja, que s� no Instagram tem milh�es de seguidores.
A Igreja da Lagoinha disse sempre ter atendido integrantes da popula��o LGBT+. "Foram milhares de pessoas assistidas num trabalho realizado muito antes da exist�ncia do Movimento Cores e que continuar� contemplando a todos que buscam a palavra de Cristo. � um trabalho que contempla alimenta��o, habita��o e cuidados de sa�de a popula��es marginalizadas", declarou a igreja em nota.
Fundado em 2014, o Movimento Cores, assim denominado em refer�ncia � bandeira do arco-�ris, � comandado pela mission�ria Priscila Coelho. Filha de pastor, ela � l�sbica, mas optou pelo celibato. A pr�tica � incentiva no grupo. Entre os membros, o termo ex-gay causa repulsa, sendo preferido ex-praticante.
Priscila tem estreita rela��o com M�rcio Valad�o, pai de Andr� e presidente aposentado da Lagoinha. Foi M�rcio o respons�vel pela inser��o do Cores no domo batista. Nas redes sociais, ap�s an�ncio do rompimento da uni�o de crist�os LGBTs com a igreja, o homem desejou que sua pupila "continue sendo testemunha do que Jesus pode fazer em qualquer pessoa".
Minist�rio P�blico investiga Andr� Valad�o
Na filial da Igreja Batista Lagoinha em Orlando, nos Estados Unidos, Andr� Valad�o realizava um de seus inflamados serm�es. Declarou ser preciso "resetar" pessoas LGBTQIA+ e que, se Deus pudesse, "matava tudo e come�ava tudo de novo". O grupo teria ido longe demais, sendo miss�o crist� det�-lo, continuou. Era domingo, 2 de julho. A cerim�nia tinha transmiss�o online.
A trucul�ncia de Valad�o irritou at� os alinhados a seu discurso. O pastor batista Yago Martins chegou a gravar um v�deo afirmando que o colega dava "muni��o para a esquerda persecut�ria" ao soltar "uma frase idiota onde d� a entender que devemos matar gays".
No dia seguinte � declara��o, o Minist�rio P�blico de Minas Gerais abriu inqu�rito contra o autor para apurar se ele cometeu crime de homotransfobia. O �rg�o atendeu a uma apresenta��o protocolada pela deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP).
Al�m de Erika Hilton, o ativista Agripino Magalh�es J�nior apresentou den�ncia crime ao Minist�rio P�blico de S�o Paulo.