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Morador de favela em BH vai dan�ar bal� cl�ssico em companhia nos EUA

No �ltimo dia 10, Dyhan fez um teste em BH para admiss�o pela Atlanta Ballet, uma companhia na cidade de mesmo nome, no estado da Ge�rgia, e foi aprovado


27/09/2023 09:40 - atualizado 27/09/2023 12:27
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Dyhan com os pais, Valdeci e Heloísa
Dyhan com os pais, Valdeci e Helo�sa (foto: Leonardo Augusto /Folhapress)

Quem vai ao restaurante Barrankus, no Aglomerado da Serra, um conjunto de favelas na zona sul de Belo Horizonte, ainda pode encontrar um rapaz chamado Dyhan Pierre, 19, servindo mesas ou saindo de moto para fazer entregas.

O restaurante � mantido pela fam�lia h� oito anos. Dyhan sempre ajudou. Ainda em 2023, por�m, o rapaz vai passar a se dedicar exclusivamente a sua outra atividade di�ria: o bal� cl�ssico. E em outro pa�s: os Estados Unidos.

No �ltimo dia 10, Dyhan fez um teste em Belo Horizonte para admiss�o pela Atlanta Ballet, uma companhia na cidade de mesmo nome, no estado da Ge�rgia, e foi aprovado. O embarque ainda n�o tem data certa. O bailarino est� reunindo recursos, inclusive via doa��es, para a passagem e os primeiros momentos da nova vida.

A companhia se compromete a fornecer sapatilhas, moradia e um sal�rio. Mas os gastos com a viagem ficam por conta da fam�lia. O Atlanta Ballet � uma das primeiras companhias de dan�a criadas nos Estados Unidos. Foi inaugurada em 1929.

A hist�ria de Dyhan com o bal� cl�ssico come�ou em um campo de futebol. Aos cinco anos, os pais o colocaram para jogar bola e nadar em um programa social na favela. A irm� dan�ava bal� no mesmo programa.


"Eu a via dan�ando e um dia pedi � professora que eu tamb�m fosse aluno. Ela disse que os meus pais teriam que autorizar. Eles autorizaram e eu comecei a fazer as aulas", conta Dyhan. A irm� acabou abandonando a dan�a.

Depois disso, Dyhan passou por v�rias academias de Belo Horizonte. O contrato do bailarino em Atlanta prev� a participa��o na companhia no m�nimo at� o final de 2024. "Quero crescer l�", diz.

 

Dyhan afirma j� ter sofrido preconceito por fazer bal�. "Nunca me abalou. Sei lidar muito bem com isso. Retruco", afirma. Quem ensinou a t�tica, conforme o bailarino, foi a m�e, Helo�sa Helena de Sousa Cardoso, 57, a cozinheira do Barrankus.

Helo�sa e o pai de Dyhan, Valdecir Cardoso, 46, s�o grandes incentivadores do filho. Em tom de brincadeira, reclamam apenas de terem que trabalhar mais com o desfalque do filho no restaurante. "Dan�ar � a paix�o dele", diz Valdecir.

Apesar do dia a dia atribulado, Dyhan n�o abandonou os estudos. O bailarino faz curso superior de perito criminal online em uma faculdade da capital. "Vou concluir quando estiver nos Estados Unidos", planeja.


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