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Estado de Minas

Receber m�nimo ainda � a ambi��o de muitos trabalhadores, aponta Ipea


postado em 16/02/2011 14:00

Receber um sal�rio m�nimo continua sendo o sonho de uma grande parcela dos brasileiros desempregados. Segundo levantamento do Instituto de Pesquisa Econ�mica e Aplicada (Ipea), mais de 40% dos desempregados entrevistados em janeiro deste ano disseram que aceitariam um emprego no qual recebessem um valor igual ou inferior ao m�nimo pago � �poca (R$ 540). O estudo foi feito para verificar a percep��o da popula��o sobre as dificuldades de acesso ao mercado de trabalho.

Na avalia��o do t�cnico em Planejamento e Pesquisa do Ipea Brunu Marcus Amorim, o dado atesta que a m�dia salarial brasileira ainda � baixa, mesmo quando comparada a economias do mesmo porte. “Quando o sal�rio m�nimo vira uma ambi��o, v�-se que ainda h� muitas fam�lias que mal conseguem ganhar o

piso ou ter carteira assinada e como os sal�rios s�o baixos”, afirmou Amorim antes de acrescentar que a pesquisa n�o entra no m�rito dos custos do sal�rio m�nimo para a economia brasileira.

A explica��o para a baixa expectativa salarial pode estar associada, entre outras coisas, ao tempo que a pessoa est� desempregada e a sua falta de qualifica��o profissional. Cerca de 45% dos desempregados declararam estar procurando trabalho h� mais de seis meses, per�odo durante o qual n�o s� come�am a ver suas habilidades se tornarem obsoletas, como v�o perdendo importantes contatos profissionais. Outro problema � que o mais importante instrumento de prote��o social de quem � demitido, o seguro-desemprego, � pago por no m�ximo cinco meses, sendo que a m�dia � de quatro parcelas.

A pesquisa tamb�m revela que o desemprego atinge sobretudo os jovens entre 18 e 29 anos. Embora eles sejam apenas cerca de 30% dos 2.773 entrevistados, representam 54% dos que disseram que n�o tinham realizado qualquer atividade remunerada na semana da entrevista, mas haviam procurado emprego. Quase a totalidade dos entrevistados desempregados respondeu j� ter alguma experi�ncia profissional remunerada anterior.

Por outro lado, 31% dos 801 entrevistados do grupo de inativos, ou seja, aqueles que n�o realizaram qualquer atividade remunerada e n�o procuraram trabalho na semana da entrevista, disseram nunca ter procurado emprego. Entre as mulheres, que representam 88% do total de inativos entrevistados, o percentual de quem nunca procurou trabalho aumenta de acordo com a faixa et�ria, o que comprova a tese que a atual gera��o de mulheres participa mais ativamente do mercado de trabalho. J� entre os homens, ocorre o inverso: a maioria � de jovens, o que pode ser interpretado como maior dedica��o por parte deles aos estudos.

De acordo com Amorim, os resultados sugerem que a reinser��o dos desempregados passa pela gera��o de empregos, sobretudo os assalariados, com carteira de trabalho assinada, e pela qualifica��o e orienta��o profissional.


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