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Estado de Minas

Diretor do PanAmericano diz que rombo maior que o previsto poderia ter quebrado sistema


postado em 16/02/2011 18:19 / atualizado em 16/02/2011 18:27

Com a ajuda de empresas de auditoria externas, a PricewaterhouseCoopers e a Deloitte, a atual administra��o do banco PanAmericano conseguiu desmontar, no final do ano passado, uma complexa engenharia envolvendo a maquiagem das contas que revelam um rombo de R$ 4,3 bilh�es.

Na avalia��o do diretor superintendente do banco, Celso Antunes da Costa, se a manobra tivesse vindo a p�blico em novembro, quando a quebra do banco foi anunciada, poderia ter provocado uma quebradeira no sistema financeiro.

“A hist�ria mostra que, quando um banco tem um problema e passa pelo processo de liquida��o, sempre h� uma corrida danosa e isto poderia provocar um problema s�rio”, disse.

Ele e os demais integrantes da diretoria que assumiram o controle administrativo da institui��o, em novembro do ano passado, apresentaram nesta quarta-feira o primeiro resultado do balan�o financeiro ap�s o afastamento de 40 funcion�rios suspeitos de terem participado direta ou indiretamente do esquema de fraude. Na avalia��o de Antunes, o rombo foi consequ�ncia de uma “obra de intelig�ncia para disfar�ar a inconsist�ncia dos dados. N�o foi f�cil desarmar isso”.

O rombo financeiro foi bem maior do que o inicialmente estimado pelo Banco Central, no valor de R$ 2,5 bilh�es. Na revis�o cont�bil, foi identificado que R$ 1,6 bilh�o eram relativos � carteira de cr�dito insubsistente, ou seja, algo que, na pr�tica, n�o existia porque o montante j� tinha sido repassado em vendas feitas para outras institui��es. H� ainda R$ 1,7 bilh�o que se referem a passivos n�o registrados de opera��es de cess�o liquidados/referenciados.


Tamb�m foram constatadas irregularidades no total de provis�es para eventuais perdas em opera��es de cr�dito e outros tipos de calotes, envolvendo R$ 500 milh�es. Todos esses valores, somados a outros ajustes, resultaram no rombo agora revelado de R$ 4,3 bilh�es.

“A complexidade dos mecanismos adotados na gera��o das inconsist�ncias cont�beis impediu a defini��o do momento exato em que come�aram as irregularidades cont�beis e as fragilidades dos controles internos que ocasionaram a falta de confiabilidade dos registros”, registra o documento t�cnico da institui��o.

Diante disso, a atual administra��o justificou que n�o poderia seguir as normas de transpar�ncia de dados, obrigat�rias conforme o estabelecido pela Comiss�o de Valores Mobili�rios (CVM), sob pena de puni��o porque os informes anteriores � gest�o atual continham distor��es. O Balan�o Patrimonial de Abertura passou a ser considerado a partir do dia 30 de novembro, tomando por base o levantamento completo de todos os direitos e obriga��es da companhia.

Segundo Antunes, as atividades s�o s�lidas e o banco est� presente em todo o territ�rio nacional por meio de 270 pontos de venda e 20 mil parceiros comerciais. Entre as atividades, est�o opera��es com cr�dito direto ao consumidor e cr�dito consignado. A empresa tamb�m atua na �rea de seguros e de cons�rcios. As movimenta��es atingiram, em dezembro, R$ 989 milh�es, dos quais mais da metade (56%) foram para aquisi��es de ve�culos, modalidade na qual, no ranking nacional, a companhia ocupa a quinta posi��o.

Parte do rombo do PanAmericano foi coberto pela inje��o de R$ 2,5 bilh�es, � �poca em que o fato veio a p�blico, quando o ex-acionista majorit�rio, o Grupo S�lvio Santos, obteve o dinheiro com o Fundo Garantidor de Cr�ditos (FGC).

Do mesmo acionista, foi feito outro aporte no valor de R$ 1,3 bilh�o, em janeiro, pouco antes de efetivada a transfer�ncia de 37,6% das a��es para o atual controlador, o Banco BTG Pactual. Essa transa��o ainda est� em processo de aprova��o pelo Banco Central. A segunda maior composi��o (36,6%) do banco � da Caixapar, subsidi�ria da Caixa Econ�mica Federal autorizada a comprar participa��es em empresas.


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