Os pa�ses BRICS (Brasil, R�ssia, �ndia, China e �frica do Sul) rejeitaram nesta sexta-feira a ado��o de indicadores propostos pelo G-20 para medir desequil�brios econ�micos mundiais, assim como a ideia de regras globais de controle de fluxos de capitais, indicou em Paris o ministro da Fazenda, Guido Mantega, ap�s uma reuni�o deste grupo.
"Concordamos em n�o tomar a conta-corrente como indicador, mas sim a conta de bens e servi�os (...). N�o estamos de acordo em estabelecer um limite para a acumula��o de reservas", disse Mantega ao se referir a dois dos pontos aos quais os BRICS se op�em.
O saldo de conta-corrente e as reservas cambiais s�o dois dos indicadores que alguns pa�ses do G20 querem levar em conta para medir a sa�de econ�mica de cada pa�s na hora de enfrentar os atuais desequil�brios mundiais.
Segundo uma fonte alem�, � "prov�vel" que o G20 chegue no s�bado, no fim de sua reuni�o de dois dias sob a presid�ncia francesa, a um acordo para levar em conta esses dois crit�rios mais a taxa de c�mbio real, o d�ficit e d�vida p�blica e a poupan�a privada.
O ministro russo das Finan�as, Dimitri Pankin, confirmou a hostilidade dos BRICS contra a quest�o das reservas cambiais.
"Nossa principal preocupa��o � se os Estados Unidos e o Reino Unido insistirem em colocar o montante das reservas entre os indicadores", disse.
"Ser� poss�vel encontrar um consenso no seio do G20? Essa � a quest�o. Saberemos amanh�", completou Pankin.
Mas os BRICS n�o apenas s�o contr�rios a certos indicadores, mas tamb�m contra o estabelecimento de "regras e limites" mundiais sobre os fluxos de capitais, afirmou Mantega.
"Existe a proposta de fazer uma regulamenta��o sobre o fluxo de capitais. N�s somos contr�rios a isso. H� uma posi��o predominante no grupo", afirmou Mantega, ao se referir a uma ideia da presid�ncia francesa.
"N�o concordamos com estabelecer regras e limites, porque cada pa�s tem sua particularidade", disse Mantega.
A presid�ncia francesa do G20 quer estabelecer um "c�digo de boa conduta" para regular os fluxos mundiais de capitais, disparados pelas atraentes taxas de juros dos pa�ses emergentes e as pol�ticas monet�rias expansionistas dos desenvolvidos.
Os BRICS est�o preocupados com esses fluxos, que poder�o provocar um reaquecimento de suas economias, mas prefeririam, no momento, que cada pa�s tenha liberdade para control�-los.
"Cada lugar tem seu tipo de capital, buscando seu tipo de ativo", explicou Mantega ao justificar a posi��o contr�ria a regras mundiais sobre o tema.