O governo da presidente Dilma Rousseff j� come�ou a definir a lista de gastos a adiar para p�r em pr�tica o prometido aperto fiscal. Diante das dificuldades para decidir onde ser� aplicado o corte de R$ 50 bilh�es, a ordem nos minist�rios � “postergar despesas”, fazer contingenciamento na boca do caixa. Um exemplo dessa estrat�gia � a decis�o j� tomada de atrasar o pagamento de senten�as judiciais, os chamados precat�rios.
Os precat�rios de 2011, que s�o ordens de pagamento da Justi�a contra a Uni�o e �rg�os da administra��o direta e indireta, somam R$ 7,409 bilh�es e ser�o pagos entre maio e julho. Em 2010 o cronograma de pagamento foi adiado de janeiro para mar�o, abril e maio. Considerando as requisi��es de pequeno valor (R$ 5 813 bilh�es) - senten�as com valores iguais ou abaixo de 60 sal�rios m�nimos -, essa d�vida chega a R$ 13,223 bilh�es.
Para o economista-chefe da Austin Rating, Alex Agostini, a posterga��o dos pagamentos � uma a��o estrat�gica leg�tima do governo diante da necessidade de
O racioc�nio � o mesmo de uma empresa com problemas de caixa ou com necessidade de elevar seu super�vit ao fim do ano: despesa adiada � recurso poupado. Nessa l�gica se enquadram, por exemplo os concursados j� aprovados. Se o governo adia as novas contrata��es em alguns meses, o Tesouro faz economia na despesa de pessoal.
As discuss�es com os ministros para fazer os cortes de R$ 50 bilh�es ainda n�o terminaram. Mesmo come�ando a p�r em pr�tica o adiamento de despesas, a presidente Dilma disse, em recente reuni�o da coordena��o pol�tica do Planalto, que n�o abre m�o de chegar a uma poupan�a dessa ordem e que ser�o preservadas as receitas or�ament�rias para o Minist�rio da Sa�de e para o Legislativo e Judici�rio.