Fed: EUA n�o s�o respons�veis por alta de commodities

O presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos), Ben Bernanke, voltou a afirmar nesta ter�a-feira que a disparada dos pre�os globais n�o deve ser atribu�da � institui��o. Em seu discurso, Bernanke deu sequ�ncia � ofensiva do banco central norte-americano contra as cr�ticas de que a pol�tica acomodat�cia e os esfor�os de afrouxamento quantitativo dos EUA est�o contribuindo para a alta das commodities (mat�rias-primas).

Segundo o presidente do Fed, � a demanda global - particularmente a de algumas economias emergentes - e n�o a pol�tica monet�ria dos EUA que deve ser responsabilizada pela alta dos pre�os. Ele destacou que a turbul�ncia no Oriente M�dio causou o aumento dos pre�os de petr�leo e g�s nas �ltimas semanas.

"Os pre�os das commodities subiram significativamente em todas as grandes moedas, sugerindo que mudan�as no c�mbio do d�lar provavelmente n�o t�m sido um fator importante nos aumentos vistos nos �ltimos meses", disse.

Mesmo assim, Bernanke disse que os diversos esfor�os dos EUA para injetar recursos na economia do pa�s nos �ltimos anos parecem ter sido bem sucedidos. Embora algumas autoridades estrangeiras tenham criticado o an�ncio, no ano passado, do plano do Fed de comprar US$ 600 bilh�es em b�nus, Bernanke disse que os indicadores de mercado sugerem que a perspectiva econ�mica vem melhorando desde ent�o.

"Evidentemente, � muito cedo para fazer qualquer julgamento firme sobre quanto da recente melhora na perspectiva pode ser atribu�da � pol�tica monet�ria, mas estes acontecimentos s�o consistentes com o ind�cio de que tiveram um efeito ben�fico", disse. "O Fed continua decididamente comprometido com a estabilidade dos pre�os e, em particular, em atingir uma taxa de infla��o no m�dio prazo que seja consistente com o mandato do Fed", disse Bernanke. O Fed prev� infla��o de 1,25% a 1,75% em 2011.

Sobre a economia dos EUA, Bernanke disse que o Fed v� crescentes evid�ncias de que os gastos dos consumidores e investimentos das empresas podem estar se recuperando ao ponto em que o crescimento se torna autossustent�vel. Apesar destes indicadores positivos, ele disse que o mercado de moradia continua "excepcionalmente fraco" e que o emprego poder� levar v�rios anos para voltar ao n�vel normal. "Enquanto n�o tivemos um per�odo sustentado de cria��o mais forte de emprego, n�o podemos considerar que a recupera��o esteja verdadeiramente estabelecida", afirmou Bernanke.