O Minist�rio da Fazenda manteve em 5% a proje��o de crescimento da economia brasileira para 2011, segundo o documento Economia Brasileira em Perspectiva, divulgado hoje. Na �ltima vers�o do boletim, divulgada em outubro, a previs�o era de expans�o de 5 5% para a economia brasileira neste ano, mas o n�mero j� havia sido revisado para 5% no in�cio deste ano, quando foi divulgado o balan�o do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC). A Fazenda tamb�m espera uma expans�o maior da economia nos pr�ximos anos: 5,5% para 2012 e 6,5% ao ano em 2013 e 2014, o que faria uma m�dia pr�xima de 5,9% ao ano.
“A trajet�ria recente demonstra que o n�vel de atividade encontra-se em patamar sustent�vel. As medidas macroprudenciais, em conjunto com a consolida��o fiscal, devem possibilitar que a economia siga em crescimento sem descompasso entre oferta e demanda. Para o per�odo 2011-2014, estima-se que a economia volte a crescer no patamar entre 5% e 6,5%”, diz a Fazenda, no boletim.
Segundo o documento, o crescimento de 2011 ser� puxado pela alta de 6,4% na demanda dom�stica, �ndice bem mais moderado do que o crescimento de 10,3% verificado em 2010. A Fazenda espera uma contribui��o negativa de 1,4% do PIB do setor externo neste ano, significativamente menor do que o “vazamento externo” de 2,8% do PIB registrado em 2010. “Os resultados negativos da demanda externa l�quida (exporta��es menos importa��es), embora reduzam o crescimento do PIB, contribuem para a amplia��o da capacidade instalada do Pa�s, visto que 22,6% do valor das importa��es s�o de bens de capital, com expans�o de 38,0% entre 2009 e 2010”, afirma a Fazenda.
O governo manteve a previs�o de que os investimentos fechar�o 2011 representando 20,4% do PIB e chegar�o a 24,1% do PIB em 2014. “Com as medidas de incentivo ao financiamento de longo prazo, o setor privado dever� exercer papel fundamental nesse segmento. Para o per�odo 2010-2014, espera-se incremento de pelo menos 1% do PIB ao ano no total dos investimentos.”
Infla��o
O Minist�rio da Fazenda manteve em 5% a perspectiva para a infla��o medida pelo �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) ao fim de 2011, de acordo com o documento Economia Brasileira em Perspectiva. Para 2012, a estimativa tamb�m foi mantida, exatamente no centro da meta do governo, de 4,5%.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, j� havia apresentado essas estimativas � presidente Dilma Rousseff, no dia 14 de janeiro deste ano. As perspectivas de infla��o foram mantidas apesar de o mercado projetar um aumento de 5,8% no IPCA este ano, de acordo com o �ltimo boletim Focus, elaborado pelo Banco Central.
No documento divulgado hoje, o Minist�rio afirma que "a infla��o tem subido proporcionalmente menos no Brasil do que na maioria dos outros pa�ses, mantendo-se dentro dos limites das metas estabelecidas para 2010 e 2011".
A Fazenda afirma ainda que ap�s forte eleva��o no �ltimo trimestre de 2010 e nos dois primeiros meses de 2011, "o IPCA caminha para desacelera��o em mar�o e abril, em fun��o da redu��o dos pre�os de v�rios alimentos e do t�rmino do efeito das tarifas de �nibus e das mensalidades escolares". Segundo o documento, as press�es que permanecem no setor de servi�os devem reagir � desacelera��o da economia e � redu��o anunciada de gastos do governo.
O Minist�rio tamb�m destaca que o mundo passa por um momento de instabilidade monet�ria, impulsionada pelo aumento dos pre�os de commodities e pela crise do Norte da �frica e do Oriente M�dio. O documento n�o cita o terremoto ocorrido na semana passada no Jap�o.