O Federal Reserve (Fed, banco central americano) anunciou nesta ter�a-feira a manuten��o da flexibilidade da pol�tica monet�ria, mas advertiu para os riscos de infla��o, que afirma estar acompanhando de perto.
O Comit� de Pol�tica Monet�ria (FOMC) do Fed manteve a taxa b�sica de juros pr�xima de zero e dar� continuidade ao programa de compra de t�tulos do Tesouro americano, anunciado em novembro, no valor de 600 bilh�es de d�lares.
Segundo o FOMC, a recupera��o da economia americana "repousa sobre bases mais s�lidas" do que antes, e o mercado de trabalho melhora "progressivamente".
No entanto, a queda do desemprego ainda � lenta, destacaram os diretores do Fed. Al�m disso, o FOMC observou que a alta dos pre�os do petr�leo e das mat�rias-primas provoca "press�es de alta" nos pre�os ao consumidor nos Estados Unidos.
Desde a �ltima reuni�o do Fed em janeiro, a taxa de desemprego caiu de 9,4% para 8,9%. "Esta evolu��o interna mais positiva foi obscurecida por assuntos globais", disse Harm Bandholz, economista-chefe do UniCredit Research dos Estados Unidos, que citou a cat�strofe no Jap�o, a terceira economia mundial.
"A verdade � que, neste momento, n�o temos a menor ideia de que como a situa��o vai evoluir tanto para os japoneses, quanto para a economia japonesa e para todos n�s", admitiu.
Ao citar as preocupa��es com a infla��o, a nota do Fed fez men��o ao conflito interno na L�bia, que motivou o aumento dos pre�os internacionais do petr�leo. Os pre�os da gasolina nos Estados Unidos aumentaram 43 centavos o gal�o (3,8 litros).
"Os pre�os das mat�rias-primas registram altas significativas desde o ver�o, e as preocupa��es com o fornecimento global do petr�leo contribu�ram para um aumento severo nos pre�os do petr�leo nas �ltimas semanas", admitiu o Fed.
Em consequ�ncia, prometeu acompanhar de perto a infla��o. Tamb�m opinou que o encarecimento do petr�leo deve ter efeito passageiro sobre a infla��o e que o �ndice de pre�os ao consumidor seguir� controlado.
Embora sem aceitar explicitamente as cr�ticas de que a infla��o esteja aumentando com muita rapidez, a linguagem da nota do Fed representa uma virada em rela��o a posi��es anteriores.
Em janeiro, seus integrantes sustentavam uma tend�ncia � baixa da infla��o, o que contrasta com a atual refer�ncia a uma infla��o sob "controle". A medi��o da infla��o pelo Fed exclui os pre�os vol�teis dos alimentos e da energia, os mais sentidos pelos consumidores. O organismo considera saud�vel para a economia um percentual de infla��o de 2%. E prev� para este ano uma taxa entre 1,3% e 1,7%.