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Estado de Minas LUCROS NA MADRUGADA

Padarias, dentistas, farm�cias, supermercados e bares faturam na madrugada de BH


postado em 20/03/2011 08:38 / atualizado em 20/03/2011 09:29

Madrugada n�o significa apenas o desejo de uma boa noite de sono. Enquanto a maioria da popula��o de Belo Horizonte dorme, muitos empres�rios – formais e informais – aproveitam o descanso do sol para transformar em realidade o desejo de ganhar dinheiro. Tradicionalmente, o faturamento de alguns setores � muito maior durante a noite, como o de mot�is, onde o percentual gira, de segunda a quinta-feira, em torno de 30%. At� com�rcios que n�o t�m tradi��o no hor�rio podem se dar bem: 40% das vendas de sexta a domingo da Padaria P�o da Serra, no Bairro Serra Verde, ocorrem entre meia- noite e as 6h. Estat�sticas de grandes redes do varejo, como a Drogaria Ara�jo, refor�am os bons lucros do per�odo. Tanto que 30 das 100 unidades da centen�ria farm�cia, aberta em 1906, funcionam 24 horas.

Mas BH ainda n�o sabe, oficialmente, o quanto as vendas na madrugada representam no faturamento total do com�rcio. O indicador mais pr�ximo dessa realidade, batizado de Hor�rio das consultas, mostra apenas as informa��es requisitadas � C�mara de Dirigentes Lojistas (CDL-BH) sobre cheques, desprezando os pagamentos em dinheiro e com cart�es de cr�dito e d�bito. Em fevereiro de 2011, 0,22% das consultas feitas ocorreram da meia-noite �s 6h. No mesmo m�s de 2010, o �ndice foi de 0,31%. Na pr�tica, o recuo n�o representa queda nos neg�cios fechados no hor�rio. A explica��o est� no avan�o da moeda de pl�stico.

Estudo da Federa��o do Com�rcio (Fecomercio) revela que, entre 2009 e 2010, as vendas com cheques pr�-datados ca�ram de 26% para 18% e as com moeda de pl�stico subiram de 58% para 70%. Nem a Associa��o Brasileira das Empresas de Cart�o de Cr�ditos e Servi�os (Abecs) tem n�meros sobre as compras feitas na madrugada de BH. A falta de estat�stica oficial, contudo, n�o impede os comerciantes de conseguirem bons lucros depois da meia-noite. Dependendo da madrugada, explica Pablo Fernando, que vende lasanhas, pizzas e espaguete num Fiorino estacionado no Alto da Avenida Afonso Pena, o faturamento � excelente.

“H� noites que saem 100 lasanhas (R$ 8,50 cada), 40 pizzas (R$ 3,50) e 30 espaguetes (R$ 7)”. Portanto, na hip�tese de todos os produtos serem negociados, o fim da noite pode lhe render R$ 1,2 mil. “O dono do Fiorino chegou aqui, em 1997, e conquistou fregueses fieis”, comemora o funcion�rio. Outros empreendedores perceberam a import�ncia da clientela noturna h� d�cadas. “H� 70 anos, o fundador da Drogaria Ara�jo, “seu” Modesto, tinha um quartinho atr�s da loja-matriz, pr�xima ao terminal rodovi�rio. Ele colocou uma campainha na unidade e muita gente a tocava para compras no per�odo da madrugada. Ent�o, decidiu que a loja funcionaria 24 horas”, explica Andr� Grossi, gerente de Marketing da rede.

“Mais vazio” Ele acrescenta que 30 das 100 lojas n�o fecham as portas. Uma delas � a que funciona na Rua Andr� Cavalcanti, no Bairro Gutierrez, Regi�o Oeste. L�, Breno Carvalho, de 38 anos, aproveita a madrugada para comprar rem�dios e outros produtos. Na �ltima quinta-feira, ele esteve no local, por volta de 1h, e levou para casa “um chocolate ou um sorvete”. No mesmo hor�rio, o corretor de seguros Felipe Barros Giacomini, de 31, fez compras no Hipermercado Extra do Bairro Belvedere, na Regi�o Centro-Sul: “J� me acostumei a vir aqui de madrugada. � mais vazio”. A rede de supermercados n�o divulga o faturamento da madrugada, mas o lucro deve agradar aos propriet�rios.

Tanto que as tr�s unidades do Extra – Centro, Belvedere e Minas Shopping – funcionam em tempo integral. A pioneira foi a do Centro, que adotou a estrat�gia em 1990. Os segmentos que mais lucram no hor�rio, por�m, s�o o de mot�is, bares tradicionais e casas noturnas. “Nos fins de semana e (em determinadas datas, como Dia dos Namorados), h� filas em alguns mot�is. O faturamento das casas noturnas, churrascarias e grandes restaurantes � de 40% a 50% maior � noite do que durante o dia nas sextas-feiras, s�bados e domingos”, diz o presidente do Sindicato dos Hot�is, Restaurantes, Bares e Similares de BH (Sindhorb), Paulo Pedrosa.

A loira gelada, na madrugada, � sin�nimo de lucro certo em v�rios locais. At� na padaria P�o da Serra, onde o gerente Claytus Luiz Teixeira, de 22, vende 20 engradados nos fins de semana. “O dono percebeu que havia demanda e, h� um ano e meio, o estabelecimento funciona as 24 horas”.


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