o presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, previu nesta ter�a-feira que, no segundo trimestre deste ano, a infla��o mensal tende a se deslocar para uma trajet�ria compat�vel para o centro da meta de infla��o no Brasil, de 4,5%. Em 12 meses, no entanto, destacou Tombini, a infla��o deve seguir em alta por mais tempo. O presidente do BC participa hoje de audi�ncia na Comiss�o de Assuntos Econ�micos (CAE) do Senado.
Tombini destacou que isso se deve a fatores estat�sticos e tamb�m a efeitos da in�rcia inflacion�ria, decorrente da infla��o elevada verificada no �ltimo trimestre do ano passado. Na audi�ncia, ele afirmou ainda que o BC tem responsabilidade, no curto prazo, para evitar que a infla��o permane�a em um
Tombini afirmou, em seu discurso na CAE, que a Selic � um instrumento poderoso de combate � infla��o. Segundo ele, o impacto da Selic se d� por meio de m�ltiplos canais, como o cr�dito e o adiamento do consumo para se fazer poupan�a, entre outros.
O efeito da pol�tica monet�ria sobre a infla��o ocorre de forma defasada, em cerca de nove meses, acrescentou Tombini. “A experi�ncia mostra que os ciclos de aperto e afrouxamento da pol�tica monet�ria t�m impacto na demanda agregada e, consequentemente, na infla��o”, disse.
O presidente do BC tamb�m destacou que as medidas macroprudenciais podem ajudar a potencializar os efeitos da pol�tica monet�ria, na medida em que inibem alongamento de prazos de financiamento para compensar a alta de juros, pr�tica que vinha sendo bastante utilizada pelos bancos.
D�vida p�blica
Tombini afirmou ainda que o impacto da taxa b�sica de juros sobre a d�vida p�blica � um fen�meno que ocorre em todo o mundo. Ele disse, por�m, que uma pol�tica monet�ria frouxa, que n�o tenha consist�ncia com o quadro econ�mico e busque reduzir os juros apenas para diminuir o custo da d�vida p�blica, � contraproducente, porque os investidores ficariam desconfiados e pediriam pr�mios maiores para financiar a d�vida p�blica com t�tulos prefixados ou atrelados a �ndices de pre�os.