A eventual substitui��o de Roger Agnelli na presid�ncia da Vale n�o ser� referendada na Assembleia-geral Ordin�ria de acionistas da empresa marcada para 19 de abril. O assunto n�o consta na pauta e, depois do vazamento do encontro entre Guido Mantega com o presidente do Conselho de Administra��o do Bradesco, L�zaro Brand�o, os acionistas da mineradora discutem a melhor estrat�gia para a mudan�a no comando sem maiores preju�zos � empresa.
Na ter�a-feira, o mercado recebeu mal a not�cia do encontro ocorrido na sexta-feira e as a��es da mineradora fecharam em queda na Bolsa de Valores de S�o Paulo (Bovespa). Ontem, dia em que foi anunciado o convite para que o ministro compare�a � C�mara, as a��es fecharam em alta.
Para interlocutores, Agnelli teria reiterado a inten��o de persistir em campanha por sua perman�ncia no cargo. “Enquanto puder, ele vai continuar”, diz uma fonte. Os controladores da Vale - Bradesco, Previ, BNDESPar e Mitsui - ainda n�o chegaram a um consenso sobre o nome do substituto. Tentam uma solu��o que contemple uma transi��o tranquila para o mercado. O mandato de Agnelli, que terminaria em abril, foi prorrogado no ano passado, por meio de acordo. Mas esses termos n�o s�o vistos como empecilho. A vig�ncia poderia ser dada por encerrada e cumpridas as cl�usulas sem maiores consequ�ncias.
A quest�o est� em encontrar um executivo com perfil t�cnico e respaldado para sucede-lo. Nesse contexto, o nome de Antonio Maciel Neto, da Suzano, que havia sido ventilado nas �ltimas semanas, voltou a ganhar for�a. A hip�tese mais prov�vel � que o sucessor de Agnelli venha de fora dos quadros da empresa. A solu��o interna, que ainda n�o est� totalmente descartada, seria a do diretor Jos� Carlos Martins, mas n�o � a mais cogitada.