As micro, pequenas e m�dias empresas (MPEs) foram decisivas para o aumento de desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) no primeiro bimestre deste ano. Dados divulgados nesta quinta-feira pela institui��o mostram que as MPEs tiveram participa��o recorde de 45% nas libera��es do banco no per�odo, somando R$ 7,7 bilh�es. A expans�o de recursos para as MPEs foi de 18%.
“Na hist�ria recente do banco, n�o h� d�vida de que esta participa��o [das MPEs] � a mais representativa. Em termos de desembolsos do banco, chegar a 45% para micro, pequenas e m�dias empresas � algo realmente expressivo. � algo a comemorar”, disse em entrevista � Ag�ncia Brasil o chefe do Departamento de Or�amento da �rea de Planejamento do BNDES, Gabriel Visconti.
Ele lembrou que em 2010, a participa��o das MPEs foi de 27% do total desembolsado, contra 19% em 2009. “� um crescimento sistem�tico, uma evolu��o positiva da participa��o das micro e pequenas empresas nos
No total a libera��o de recursos do BNDES atingiu R$ 17,2 bilh�es no bimestre. O aumento registrado foi de 7% em compara��o ao mesmo bimestre do ano passado. O banco informou tamb�m que no acumulado dos �ltimos 12 meses, findos em fevereiro, os recursos liberados totalizaram R$ 144,8 bilh�es. Incluindo a opera��o de capitaliza��o da Petrobras, o valor sobe para R$ 169,6 bilh�es.
Segundo informou Visconti, contribu�ram para o resultado obtido no primeiro bimestre instrumentos para a democratiza��o do cr�dito. Entre eles, citou o Cart�o BNDES, voltado para as micro e pequenas empresas, com cerca de 65 mil opera��es feitas em janeiro e fevereiro deste ano, no valor de R$ 874 milh�es; e o Programa de Sustenta��o do Investimento (PSI), do governo federal, que oferece taxas de juros abaixo do mercado.
A an�lise por setores mostra que a �rea de infraestrutura recebeu R$ 7,1 bilh�es do BNDES nos dois primeiros meses do ano, participando com 41% dos financiamentos feitos. Para o setor industrial, foram liberados R$ 5,5 bilh�es, correspondentes a 32% do total, enquanto o setor de com�rcio e servi�os receberam R$ 3,1 bilh�es (18% do total) e a agropecu�ria R$ 1,5 bilh�o (9%).
O total desembolsado pelo PSI, desde o in�cio do programa, em junho de 2009, at� o �ltimo m�s de fevereiro, somou R$ 95,6 bilh�es, dos quais R$ 38,3 bilh�es se referem a financiamentos para �nibus e caminh�es. O PSI foi criado para garantir a manuten��o dos investimentos e reduzir os efeitos da crise internacional sobre a economia brasileira. Ele tem foco nos setores de bens de capital, exporta��o e inova��o.
O superintendente da �rea de Planejamento do BNDES, Cl�udio Leal, disse � Ag�ncia Brasil que a expectativa do banco � reproduzir, em 2011, o volume de libera��es registrado no ano passado (R$ 143,7 bilh�es, exclu�da a opera��o de capitaliza��o da Petrobras), “que j� foi recorde”. Destacou, por�m, que “permanecer no mesmo tamanho de 2010 tem a ver com uma inten��o expl�cita do governo, encampada e endossada pelo BNDES, de chamar os bancos privados para ajudar a financiar o desenvolvimento, ajudar no cr�dito de longo prazo”.
Leal destacou que o BNDES n�o est� estimando nenhuma diminui��o nos desembolsos “porque isso comprometeria o n�vel de investimento na economia”. Frisou que essa � a preocupa��o do banco: “preservar o n�vel de investimento na economia”. Segundo o superintendente do BNDES, “agora � a vez deles”, referindo-se ao mercado de capitais e ao mercado financeiro nacional como financiadores do investimento no pa�s.