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Estado de Minas

Pre�o da gasolina dispara em BH e encosta nos R$ 3


postado em 05/04/2011 06:19 / atualizado em 17/11/2011 16:09

O pre�o da gasolina, term�metro da infla��o, voltou a assombrar os consumidores brasileiros, que est�o pagando valores recordes nas bombas. O litro do combust�vel est� batendo na casa dos R$ 3 em postos de Belo Horizonte e do interior. Em outros estados, como o Rio de Janeiro, Par� e Mato Grosso, a gasolina cruzou com folga a barreira hist�rica, chegando aos R$ 3,30. A diferen�a de pre�os entre grandes corredores da capital mineira chega a 15%, for�ando o consumidor a pesquisar. A economia pode chegar a at� R$ 20 no tanque de 50 litros. Para quem consome 100 litros por semana, a diferen�a atinge R$ 160 ao m�s, quase 30% do sal�rio m�nimo.

Na �ltima pesquisa da Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), o pre�o m�ximo pago pelo produto na capital era R$ 2,95 na sexta-feira, o que representa uma alta de R$ 0,16 em 30 dias. No fim de semana, diversos postos repassaram aos pre�os mais uma alta, elevando em at� R$ 0,04, o pre�o m�ximo que chegou a R$ 2,999 para o consumidor. “Nos �ltimos dias o litro da gasolina chegou para os postos R$ 0,18 mais cara. A alta deve ser repassada ao longo desta semana, apesar de ser dif�cil romper a barreira psicol�gica dos R$ 3. Assusta muito”, argumenta Paulo Miranda Soares, presidente do Minaspetro (Sindicato que representa o com�rcio varejista de combust�veis em Minas).

A press�o nos pre�os deve ser forte nas pr�ximas duas semanas. Segundo o Minaspetro, h� inclusive o risco de um apag�o do etanol hidratado. No Brasil, 25% da gasolina � composta pelo derivado da cana-de-a��car. Levantamento da ANP aponta alta de 15% do etanol no �ltimo m�s e de 3% da gasolina. A press�o vem do desequil�brio entre a oferta do etanol hidratado e a demanda, que fez o pre�o do produto acelerar 20% nas bombas desde dezembro do ano passado, puxando um encarecimento m�dio de 7% da gasolina no mesmo per�odo.

A professora Vit�ria Benevides tem um carro flex e pagou na segunda-feira R$ 2,82 pela gasolina. “Estou assustada com o pre�o. Normalmente abaste�o em outro posto, mas como hoje estou com muita pressa. Optei pela gasolina” Edson Alves, � gerente de um posto Petrobras na BR 356 e concorda com os consumidores: “Em mais ou menos 20 dias, reajustamos o pre�o tr�s vezes e isso foi inevit�vel. Os clientes reclamam e o movimento diminui bastante, mas n�o h� o que fazer. Mesmo a gasolina que estava com o pre�o um pouco mais em conta subiu muito.”

Para conter o ciclo, o pa�s vai importar 1,5 milh�o de barris de gasolina. Pouco mais de 200 milh�es de litros de etanol importado tamb�m chega este m�s ao pa�s para conter o descontrole dos pre�os. Desde 2008 a produ��o de gasolina permaneceu praticamente est�vel, mas na outra ponta o consumo acelerou 23%. No caso do etanol, o descompasso � maior: enquanto o consumo cresceu 60% a produ��o avan�ou 38%. “Se n�o houver uma pol�tica urgente o consumidor vai continuar tendo essas surpresas. Agora � a frota flex, antes foi o GNV, e na d�cada de 80 o carro a �lcool”, diz Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura. Segundo ele, na crise de 2008, o governo incentivou o consumo, com cr�dito farto e a ind�stria automobil�stico bateu recordes hist�ricos. “S� que n�o houve incentivo para a produ��o de combust�veis”, critica.

�lcool deixa de ser vantajoso no pa�s

O estudante Matheus Andrade tem um carro flex, mas nas bombas n�o sente no bolso a economia e � for�ado a abastecer com gasolina. O �lcool n�o � vantajoso em nenhum estado do pa�s, em todos eles, custa bem mais do que a m�dia de 70% do valor do derivado do petr�leo. “Estou abastecendo hoje com gasolina e, quando posso, abaste�o em outro posto. Os dois pre�os est�o muito altos.”

O etanol � considerado um produto agr�cola e seus estoques n�o s�o fiscalizados pela ANP. Segundo o coordenador nacional do F�rum Sulcroenerg�tico, Luiz Cust�dio Martins, a interven��o da ag�ncia reguladora n�o seria a solu��o. Ele lembra que o pre�o da gasolina permanece congelado desde 2005 apesar das altas do barril do petr�leo. “J� o etanol tem valor de mercado.” Ele descarta qualquer chance de apag�o do combust�vel. “Vai haver importa��o de gasolina e etanol. Na produ��o h� duas semanas o pre�o j� come�ou a cair”, diz. Ele aponta queda de 12,4% nas usinas. Segundo Cust�dio, o setor vai apresentar propostas de redu��o da tributa��o e de estoques reguladores para conter os gargalos que se repetem a cada ano. “N�o queremos viver apagando fogo.” A Uni�o da Ind�stria de Cana-de-A��car (Unica) anunciou segunda-feira estimativa de crescimento de 2,11% para a safra 2011/2012.


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