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Estado de Minas

Viagem de Dilma � China busca mudan�as na rela��o comercial dos dois pa�ses


postado em 06/04/2011 15:46

O Brasil quer uma rela��o comercial mais estrat�gica com a China. Na visita que far� � China a partir de sexta-feira, a presidenta Dilma Rousseff vai defender que os dois pa�ses construam uma rela��o de sociedade, em vez do atual modelo de balc�o de neg�cios. Apesar de a China ser o maior parceiro comercial brasileiro, o governo brasileiro quer aumentar a exporta��o de produtos de alto valor agregado, visto que, atualmente, as vendas externas s�o, em grande parte, de produtos b�sicos cotados internacionalmente (commodities). Em contrapartida, as importa��es chinesas s�o predominantemente de produtos industriais.

Em 2010, o saldo da balan�a comercial do Brasil com a China foi superavit�rio em US$ 5,1 bilh�es. As exporta��es brasileiras somaram US$ 30,7 bilh�es. Os embarques para o exterior de min�rio de ferro representaram 43,3% do total de vendas � China, somando US$ 13,3 bilh�es. A remessa de soja triturada aparece com 23,2%, alcan�ando US$ 7,1 bilh�es. As vendas externas de �leo bruto de petr�leo representaram 13,2% do total, rendendo ao pa�s US$ 4 bilh�es.

As importa��es, por sua vez, alcan�aram US$ 25,5 bilh�es no ano passado. Partes de aparelhos transmissores ou receptores lideraram as compras internas, somando US$ 1,4 bilh�es. Itens e acess�rios de m�quinas autom�ticas para processamento de dados registraram US$ 1 bilh�o do total importado. Tamb�m aparecem na lista ar-condicionado, brinquedos, telefones celulares e pe�as para carros, motos e bicicletas.

Segundo o secret�rio executivo do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, a visita representa uma importante estrat�gia para incrementar o interc�mbio comercial entre duas das maiores pot�ncias emergentes. “O com�rcio entre Brasil e China caminha espontaneamente. A China � o pa�s que mais cresce e o Brasil tem aumentado o com�rcio fortemente. Temos possibilidades em v�rios setores. Nossa agenda v� al�m da rela��o de investimentos. Queremos aumentar a exporta��o e adquirir maior conhecimento da economia chinesa”, destacou.


Para o professor da Pontif�cia Universidade Cat�lica de S�o Paulo (PUC-SP) Ant�nio Lacerda, � fundamental a aproxima��o entre Brasil e China para melhorar a rela��o econ�mica atual. “O fato de a China ser a segunda maior economia do mundo justifica a aproxima��o, mas o c�mbio desvalorizado chin�s torna a rela��o desigual”, opinou.

A subvaloriza��o da moeda chinesa, o yuan, � uma grande vantagem competitiva da ind�stria daquele pa�s. No entanto, essa desvaloriza��o continua na mira dos pa�ses envolvidos no com�rcio internacional, que inclui Brasil e Estados Unidos, por exemplo. Ao contr�rio do Brasil, que toma medidas internas com o intuito de conter a valoriza��o do real, na China nada foi feito. “Para provocar a valoriza��o do c�mbio chin�s, s� com press�o mundial muito forte”, acrescentou Lacerda.

Segundo a pesquisadora do Instituto Brasileiro de Economia da Funda��o Getulio Vargas (FGV), Lia Valls, a entrada de produtos chineses no Brasil � muito grande. “� preciso haver maior esclarecimento entre os pa�ses. A China produz em escala enorme com uma moeda desvalorizada. Fica complicado competir dessa forma”, disse ela.

O Brasil tamb�m quer aumentar a exporta��o de produtos de maior valor agregado, visto que 60% da pauta comercial s�o de mat�rias-primas. “O com�rcio bilateral entre Brasil e China � marcado pela assimetria. O Brasil precisa buscar mais facilidades de entrada no com�rcio chin�s”, avaliou a pesquisadora. Para reverter o quadro atual, ela disse que � necess�rio trazer investimentos chineses ao pa�s. “Precisamos conseguir mais investimentos que agreguem valor � nossa mat�ria-prima. Como, por exemplo, em refinarias de �leo de soja ou em sider�rgica”, finalizou.


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