Encerrado o primeiro trimestre do mandato da presidente Dilma Rousseff, o retrato das contas p�blicas contraria o discurso feito por ela desde a �poca da campanha eleitoral. Os gastos com investimentos, que deveriam ser preservados dos cortes, ca�ram. J� as despesas com sal�rios, custeio da m�quina p�blica e da rotina do governo subiram. � justo o oposto do pregado no discurso oficial.
Com pessoal e custeio, o governo gastou R$ 10 bilh�es a mais no primeiro trimestre em compara��o ao mesmo per�odo do ano passado. Se forem inclu�dos os gastos com juros, o aumento chega a R$ 13,2 bilh�es. � praticamente um quarto do corte de R$ 50 bilh�es feito no Or�amento deste ano e � dinheiro suficiente para bancar quase um ano do programa Bolsa Fam�lia.
O governo diz que est� fazendo outra coisa. “Estamos cortando o custeio administrativo, n�o os investimentos”, disse Dilma Rousseff em mar�o, na Bahia, ao inaugurar uma obra do Programa de Acelera��o do Crescimento (PAC).
O volume de investimentos previstos para este ano chega a R$ 63 7 bilh�es. Desse montante, apenas 6,19% passou pela primeira etapa burocr�tica do gasto p�blico, o chamado “empenho”, que � feito quando o governo compromete o dinheiro com o pagamento de alguma obra ou servi�o ainda em execu��o.