As mudan�as no Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) n�o atingem o cooperativismo e foram boas para o setor, avaliou nesta sexta-feira o superintendente do Sistema de Cooperativas de Cr�dito do Brasil - Central Distrito Federal (Sicoob), Edivaldo Alves de Oliveira. Segundo Oliveira, o Decreto7.458 altera apenas o Artigo 7º de outro decreto que regulamenta o IOF e por isso mesmo afeta apenas os bancos.
Na noite da �ltima quinta-feira, em S�o Paulo, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que, a partir desta sexta, a al�quota do IOF para opera��es de cr�dito de pessoa f�sica passar� de 1,5% para 3% ao ano, como forma de tentar frear a infla��o. O com a eleva��o foi publicado no Di�rio Oficial da Uni�o de hoje.
“Isso foi considerado um bom sinal, porque o setor n�o aumentar� seus custos”, afirmou Oliveira. Para ele, o governo deveria inclusive estimular ainda mais o potencial do setor, a fim de combater o potencial de juros dos bancos.
“� assim no Canad� e em outros pa�ses. As cooperativas cresceram tanto que os bancos s�o obrigados a baixar as taxas”, disse o superintendente do Sicoob. Pelos c�lculos de Edivaldo Oliveira, as cooperativas giram cerca de 2% do volume financeiro dos bancos.
Para ele, a vantagem do cooperativismo � que o processo envolve educa��o financeira, diferentemente do que ocorre nos bancos. Dizendo que n�o queria criticar os bancos, Oliveira ressaltou que o que o banco quer � liberar o recurso. "Tanto � que ele repassa os recursos de imediato para o cliente."
A auxiliar administrativa Maria das Gra�as Trindade tamb�m n�o est� convencida de que as medidas ajudar�o a reduzir a infla��o. “Acho que as pessoas v�o continuar comprando do mesmo jeito, porque ningu�m consegue comprar � vista.”
Mas nem todos gostam de se endividar e, por isso, h� os que acreditam em um grande impacto da eleva��o do IOF no seu or�amento. � o caso da auxiliar de servi�os gerais Eliane Ferreira de Farias. “Eu n�o compro a cr�dito porque acho os juros abusivos. N�o vale a pena. Eu junto o dinheiro para depois comprar � vista”, disse.
A aposentada Maria Bernadete Peixoto n�o gostou das altera��es. Ela considera ruim o governo estimular o consumo e depois recomendar que se pare de comprar “as coisas de que as pessoas est�o precisando”.
Para o advogado Cl�udio Marques, a press�o inflacion�ria n�o ser� reduzida e os efeitos ser�o parecidos com os das que o governo vem tomando para tentar reduzir a sobrevaloriza��o do real ante o d�lar. “N�o vai resolver. Tem sido assim com as decis�es sobre o d�lar, que vem caindo, e est� abaixo de R$ 1,60."
O motorista de t�xi Francisco Solano Cassiano espera um efeito cascata nos pre�os. “Minha sorte � que eu troquei o carro agora, mas, daqui a dois anos, quando pretendo trocar novamente, se isso n�o mudar, n�o sei como vou fazer."