
Apesar disso, diplomatas lembram que o s�cio africano, 32ª economia do mundo, consagra a dimens�o global do grupo. Nesse sentido, o quinto membro dos Brics representa a porta de entrada na �frica, confirmando o f�rum como mais importante agrupamento de emergentes. "Iniciativas como a dos Brics servem para dar corpo ao multilateralismo, que andava exausto. Por outro lado, elas tamb�m confirmam a atual fase da hegemonia dos Estados Unidos, que, na pr�tica, j� n�o podem mais tudo", comenta T�lio S�rgio Ferreira, professor da PUC Minas e mestre em rela��es internacionais pela Universidade de Bras�lia (UnB).
O mais novo integrante do grupo dos Brics n�o vai mudar s� a grafia da sigla. Al�m de escapar da l�gica estat�stica do acr�nimo cunhado em 2001 pelo economista Jim O’Neill, chefe de pesquisa em economia global do grupo financeiro Goldman Sachs, a inclus�o da �frica do Sul mostra o choque de interesses entre associados. China e Brasil, por exemplo, disputam espa�o econ�mico no continente africano. O governo chin�s transformou a regi�o em seu segundo maior destino de investimentos diretos, depois da �sia. O Pal�cio do Planalto, por sua vez, vem fomentando desde a �ltima d�cada empreendimentos privados no continente negro, como os tocados por Vale e Petrobras, al�m de buscar ampliar a corrente de com�rcio e as parcerias institucionais, como as das �reas de produ��o de alimentos e biocombust�veis.