Ainda que venham se beneficiando de uma situa��o econ�mica favor�vel, as grandes economias emergentes, como China, Brasil e �ndia, devem ficar alertas para uma poss�vel desacelera��o brusca, segundo uma reportagem publicada nesta quinta-feira pela revista brit�nica The Economist.
“A crise econ�mica pode ter sido severa para o mundo rico, mas para as economias emergentes ela foi quase um triunfo. (...) Se proje��es de crescimento futuro para as economias emergentes parecem auspiciosas, por�m, a hist�ria aconselha cautela”, diz a revista.
De acordo com a Economist, uma economia emergente tem a vantagem de poder usar ideias e tecnologias bem-sucedidas de pa�ses ricos para crescer. No
A revista diz que, ent�o, o crescimento econ�mico pode desacelerar, como ocorreu na Europa Ocidental e nos Tigres Asi�ticos, ou sofrer uma queda brusca, como na Am�rica Latina nos anos 1990. Como as economias emergentes t�m sido o motor do crescimento global, afirma a Economist, resta saber quando o limite delas ser� alcan�ado.
A publica��o cita um estudo em que pesquisadores da Universidade da California, do Banco de Desenvolvimento Asi�tico e da Universidade da Coreia examinaram dados econ�micos desde 1957 numa tentativa de identificar potenciais sinais alarmantes.
“O que surge � uma estimativa de um limiar cr�tico: em m�dia, a desacelera��o do crescimento ocorre quando o PIB per capita atinge cerca de US$ 16.740 em paridade do poder de compra. A taxa m�dia de crescimento ent�o cai de 5,6% ao ano para 2,1%.”
O veloz crescimento da China, diz a revista, indica que ela dever� alcan�ar o limiar em 2015, “bem antes de Brasil e �ndia”. “Dada a longa lista de fatores de ricso da economia chinesa – incluindo uma popula��o mais velha, baixos n�veis de consumo e uma moeda substancialmente subvalorizada – os autores sugerem que as chances de uma desacelera��o s�o maiores do que 70%.”
A Economist pondera: diz que o FMI prev� taxas de crescimento para a China acima de 9% at� 2016 e que uma desacelera��o para entre 7% e 8% n�o soa assustadora. “Mas experi�ncias passadas indicam que desacelera��es s�o frequentemente acompanhadas por crises”, diz a revista, que aconselha “reformas estruturais para ajudar a amortecer os efeitos de uma desacelera��o”. “Seria sensato para a China buscar essas reformas durante os anos gordos, e n�o nos magros que, eventualmente, vir�o”.