A disparada do consumo de gasolina por causa da alta dos pre�os do etanol hidratado, a partir de mar�o, deve gerar para a Petrobras um d�ficit entre as exporta��es e importa��es do combust�vel de petr�leo de 300 milh�es de litros em abril. A informa��o foi divulgada hoje pela gerente de Com�rcio Interno de Gasolina da Petrobras, Rosane Piras Lodi, no semin�rio da consultoria Canaplan, em Ribeir�o Preto (SP).
A previs�o inicial, feita ainda no ano passado, indicava balan�a entre exporta��o e importa��o de gasolina praticamente est�vel este m�s, quando, teoricamente, a oferta de etanol j� estaria normalizada por conta da safra de cana-de-a��car e da redu��o da demanda. "A expectativa era de que a migra��o forte do etanol para a gasolina ocorresse em janeiro (de 2011) e a Petrobras se preparou para suprir a oferta naquela �poca, com recordes seguidos de produ��o", disse a executiva.
Durante o evento, a executiva da Petrobras admitiu que n�o h� um planejamento integrado sobre oferta e demanda de etanol e de gasolina no Pa�s, o que acaba proporcionando gargalos, como os de agora. "Al�m disso, como a cadeia de petr�leo � muito complexa da produ��o � distribui��o, qualquer planejamento para se adequar �s mudan�as na demanda demora pelo menos 60 dias", disse.
Para justificar a volatilidade no consumo e os impactos na demanda, Rosane mostrou proje��es que apontam uma varia��o mensal de 169% no consumo de gasolina dependendo do porcentual de ve�culos flex fuel que utilizam etanol. Os dados revelam que se 100% da atual frota s� utilizasse gasolina, a demanda pelo combust�vel de petr�leo no Brasil seria de 3,084 bilh�es de litros por m�s. Se todos os carros s� abastecessem com etanol, o consumo seria de apenas 1,141 bilh�o de litros, volume consumido apenas pelos ve�culos movidos exclusivamente com gasolina. Na m�dia, de 59% da frota utilizando etanol hidratado, o consumo de gasolina � de 2,04 bilh�es de litros por m�s.