A alta de 0,25 ponto porcentual da taxa b�sica de juros (Selic), decidida nesta quarta-feira pelo Comit� de Pol�tica Monet�ria (Copom) do Banco Central, foi criticada pela Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp). De acordo com o presidente da entidade, Paulo Skaf, o aumento da Selic para 12% ao ano � uma decis�o que n�o conseguir� reduzir os pre�os das commodities que pressionam os pre�os internos. "Vai, sim, aumentar o gasto p�blico brasileiro, consumindo no ano mais R$ 4,5 bilh�es que poderiam ser investidos em �reas priorit�rias, como sa�de, educa��o e infraestrutura", afirmou, por meio de nota.
O presidente da Associa��o Comercial de S�o Paulo (ACSP), Rog�rio Amato, disse hoje que o aumento da taxa Selic era "inevit�vel". "A decis�o do Copom de aumentar a taxa Selic em 0 25 ponto porcentual j� era esperada, tendo em vista os resultados da infla��o registrada pelo IPCA (�ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo) nos �ltimos meses", afirmou, em nota. "Apesar de ser uma medida desagrad�vel e que ter� reflexos negativos sobre a economia, ela se tornou inevit�vel para tentar atuar sobre as expectativas."
Na avalia��o dele, o governo deveria agir de forma a controlar seus gastos para refor�ar a a��o do Banco Central. "Melhor seria o governo agir de forma mais efetiva no controle dos seus gastos."
O presidente da Federa��o do Com�rcio de Bens, Servi�os e Turismo do Estado de S�o Paulo (Fecomercio-SP), Abram Szajman, considerou "incoerente" a eleva��o da taxa b�sica de juros. Tamb�m em nota divulgada hoje, Szajman disse que o governo deveria cortar gastos e melhorar a efici�ncia dos servi�os prestados.
"Manter infla��o baixa com juros altos � incoerente", afirmou. "O excesso de gastos p�blicos coloca mais dinheiro em circula��o e canibaliza parte dos efeitos da Selic elevada. O resultado geral dessa experi�ncia � o pior dos mundos: taxa de juros elevada, encarecimento da d�vida p�blica e infla��o resistente com perda de competitividade da ind�stria nacional por causa do c�mbio valorizado."
Na avalia��o da entidade, a decis�o do Copom contribui para a valoriza��o do real e atrai mais capital especulativo. "Ao mesmo tempo em que o governo tenta frear a infla��o com seguidos aumentos do Imposto sobre Opera��es Financeiras (IOF) e da Selic por outro lado continua a expandir gastos atrav�s do Tesouro. Em rela��o ao c�mbio, as medidas tomadas a conta-gotas prejudicam a imagem do Brasil no cen�rio mundial", disse Szajman.