A entrada da Vale na constru��o da usina hidrel�trica de Belo Monte, no Rio Xingu, fortaleceu o cons�rcio respons�vel pelo empreendimento, segundo avalia��o feita nesta sexta-feira pelo presidente da Empresa de Pesquisa Energ�tica (EPE), Mauricio Tolmasquim. "A Vale j� tinha interesse em Belo Monte. � uma maneira de fortalecer o cons�rcio e atender a algo que a empresa sempre quis. Todos os lados ganham", disse Tolmasquim.
A Vale entrou no cons�rcio Norte Energia, respons�vel pela constru��o de Belo Monte, com a compra da fatia de 9% da Gaia Energia, empresa do grupo Bertin, que anunciou, em fevereiro, que deixaria o empreendimento. A mineradora chegou a participar do leil�o da usina no Cons�rcio Belo Monte Energia, que perdeu a disputa.
Tolmasquim negou que a influ�ncia da mineradora possa apressar a emiss�o do licenciamento ambiental exigido para as obras. "N�o tem nenhuma rela��o. O licenciamento depende do atendimento das condicionantes que foram colocadas na licen�a pr�via, e quem tem que julgar isso � o �rg�o ambiental, no caso, o Ibama (Instituto Brasileiro do meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renov�veis)" disse. "A Vale entrar no empreendimento � bom porque � uma empresa s�lida que d� mais robustez ainda ao cons�rcio."
Tolmasquim negou ainda que haja uma press�o internacional capaz de atrapalhar a constru��o da usina. Segundo ele, o Brasil deve olhar a realidade do Pa�s, seus recursos naturais, e ent�o tomar suas pr�prias decis�es. "Existem pontos de vista diferentes. A verdade � que o Brasil � um dos poucos pa�ses que ainda n�o usou todo o seu potencial hidrel�trico. A maioria dos pa�ses desenvolvidos, como Fran�a, Estados Unidos, Jap�o, j� usaram praticamente 100% do seu potencial hidrel�trico. Qualquer pa�s gostaria de estar no lugar do Brasil, com esse potencial", concluiu.