O presidente da GDF Suez para Am�rica Latina, Jan Flachet, admitiu hoje que o cronograma de constru��o da usina hidrel�trica de Jirau, em Rond�nia, sofrer� altera��es por conta da paralisa��o das obras provocadas por greve e vandalismo no canteiro de obras. Em entrevista ap�s participar de um painel do F�rum Econ�mico Mundial, no Rio de Janeiro, ele afirmou que ser� mantida a conclus�o do desvio do Rio Madeira por um vertedouro em agosto, mas eventuais atrasos no cronograma ainda est�o sendo analisados com a Camargo Correa, principal construtora do empreendimento. A GDF Suez � a maior acionista de Jirau.
"Ainda estamos analisando como isso afetou o cronograma final de todo o projeto. Ainda n�o temos toda a informa��o", afirmou. "Temos duas casas de for�a sendo constru�das simultaneamente e agora pode ser que uma entre um pouco depois da outra", disse. No entanto, ele apontou os atrasos na linha de transmiss�o do Rio Madeira como o principal problema.
"A linha de transmiss�o ainda n�o tem a licen�a de instala��o definitiva, ent�o � uma coisa que nos preocupa", disse Flachet. Segundo o executivo, as demiss�es em curso n�o afetar�o significativamente o ritmo da obra, porque o n�mero de funcion�rios j� iria cair ap�s a conclus�o do vertedouro. De qualquer forma, ele admitiu que talvez a empresa tenha subestimado as condi��es para manter 20 mil trabalhadores no canteiro de obras.
"Ainda n�o conseguimos entender o que se passou", afirmou, ressaltando que o epis�dio da greve n�o desanima o grupo a continuar investindo no Brasil. "Quando h� um problema, n�o podemos perder a coragem para solucionar o problema. N�o perdemos, por isso, a confian�a no Brasil."
Revis�o de custos
Flachet disse ainda que fatores como a alta da infla��o e a possibilidade de ampliar o n�mero de turbinas da hidrel�trica de Jirau, em Rond�nia, devem levar � revis�o dos custos totais da obra. No entanto, ele n�o quis revelar as novas estimativas. "Temos que avaliar essa quest�o dos custos com muito cuidado. H� no Brasil a infla��o e o segundo ponto � que, embora n�o esteja definido totalmente, vamos aumentar de 46 para 50 turbinas, o que � tamb�m um investimento adicional que entra na obra", disse Flachet, ressaltando que ainda � preciso definir o potencial com as turbinas adicionais e como essa energia ser� vendida.
Segundo Flachet, a inten��o da empresa � continuar em busca de oportunidades no setor de energia el�trica no Brasil. Segundo ele, nem mesmo a paralisa��o recente das obras da hidrel�trica de Jirau tirou o interesse da companhia no Brasil.
"Hoje temos algo mais de 6% do mercado brasileiro, que cresce, e a ideia � que a parte de energia tem que crescer junto com o Pa�s. Para o desenvolvimento do Pa�s � preciso investimentos em energia, e estamos dispostos a acompanhar esses investimentos, sempre com o retorno que estamos buscando", afirmou.