O Minist�rio P�blico Federal (MPF) denunciou 21 gerentes do Banco Bandeirantes pelo crime de gest�o fraudulenta de institui��o financeira. Os fatos aconteceram entre 1994 e 1996. Segundo a den�ncia, os acusados - gerentes, � �poca, de cinco ag�ncias banc�rias de Belo Horizonte (Ag�ncias Contagem, Cidade Nova, Pra�a Sete, Santa Casa e Savassi) - teriam efetuado d�bitos indevidos nas contas correntes de clientes, pessoas f�sicas e jur�dicas, obtendo, dessa forma, para o Banco Bandeirantes, vultosa vantagem il�cita em preju�zo dos correntistas.
O objetivo dos descontos, feitos a t�tulo de “juros” e “diversos”, era o de cumprir metas tarif�rias mensais determinadas pela dire��o do banco. Esse procedimento, efetuado com anu�ncia do Conselho de Gest�o das ag�ncias do Bandeirantes, era realizado no fim de cada m�s. Os gerentes selecionavam, dentre as contas correntes mantidas em suas ag�ncias, as de maior movimenta��o financeira, bem como aquelas cuja movimenta��o n�o era atentamente acompanhada pelos titulares, efetuando manualmente os d�bitos.
As irregularidades tiveram in�cio em setembro de 1994 e s� terminaram dois anos depois, quando um ex-gerente denunciou publicamente o que vinha ocorrendo. Os relat�rios da auditoria realizada pelo Banco Central (BC) apontaram que “a cobran�a de tarifas n�o especificadas era oriunda de uma a��o deliberada e generalizada do banco, em preju�zo de seus clientes”.
Pelos dados colhidos durante a investiga��o, os valores indevidamente cobrados pelo Bandeirantes, em todo o pa�s, chegaram a mais de R$ 114 milh�es. Duas ag�ncias da capital mineira - Pra�a Sete e Cidade Nova - figuraram como respons�veis pelas maiores arrecada��es irregulares de tarifas.
De acordo com o MPF, os relat�rios de fiscaliza��o da Inspetoria do BC explicitaram todas as pr�ticas ilegais e constituem “amplo conjunto probat�rio, que n�o deixa margem a quaisquer d�vidas acerca do il�cito praticado pelos gerentes do Banco Bandeirantes S/A”. Os laudos periciais tamb�m identificaram, um a um, os gerentes e diretores operacionais das ag�ncias respons�veis pelos lan�amentos.
Os diretores
Gilberto de Andrade Faria, Geraldo Machado, Ricardo Xavier Bartels e Marco Ant�nio Machado de Brito - j� foram condenados na A��o Penal n. 1999.38.03.001291-5 movida pelo MPF em Uberl�ndia. A senten�a foi proferida em junho de 2008 e ainda n�o transitou em julgado, porque os recursos interpostos contra ela subiram para o Tribunal Regional Federal da 1a. Regi�o em 14/08/2009 e ainda n�o foram julgados. A pena para o crime imputado aos gerentes vai de tr�s a 12 anos de pris�o.
Com informa��es Minist�rio P�blico Federal em Minas Gerais