A infla��o em Belo Horizonte continua em trajet�ria de alta. No m�s passado a eleva��o do �ndice de Pre�os ao Consumidor Amplo (IPCA) medida pela Funda��o Instituto de Pesquisas Econ�micas Administrativas e Cont�beis de Minas Gerais (Ipead-MG) foi de 0,84%, a maior para abril desde 2007. Dois itens foram os grandes vil�es: a gasolina e as despesas com energia el�trica, que responderam, juntas, por 64% da infla��o do m�s.
Outra pesquisa de infla��o, esta feita pela Funda��o Getulio Vargas, a do �ndice de Pre�os ao Consumidor Semanal (IPC-S), mostra que Belo Horizonte � a cidade que teve o maior crescimento na compara��o entre a pen�ltima e a �ltima semana do m�s passado. O crescimento de BH foi de 0,22 ponto percentual, passando de 0,75% para 0,97%. O crescimento m�dio das sete cidades foi de 0,15 ponto percentual, passando de 0,80% para 0,95%, no mesmo intervalo de tempo.
A pesquisa do Ipead revela ainda que os alimentos in natura, que seguiam com elevada alta neste ano (20,30% no acumulado dos quatro primeiros meses) perderam for�a e apresentaram queda de 7,69%. Os alimentos respons�veis por essa retra��o foram laranja (-20,63%), tomate (-26,90%), tangerina (-37,47%). O que tamb�m contribui para a queda foi o a��car cristal (-5,98). Por outro lado, al�m da gasolina e da energia el�trica, a refei��o fora de casa apresentou alta consider�vel, de 2,06%. J� o pre�o de entrada em boites, danceterias e discotecas cresceu 10,30% no m�s anterior. O valor do condom�nio subiu 1,81% e tamb�m pesou no �ndice.
O Ipead tamb�m mede a varia��o do custo da Cesta B�sica. No m�s passado, o valor dos produtos que comp�em a cesta ficou em R$ 250,95, apresentando uma queda de 4,84% em rela��o ao m�s anterior. Em abril do ano passado, o valor da cesta era de R$ 249,72, ou seja, subiu 3,81% em 12 meses.
Dos itens que comp�e a cesta, as maiores quedas foram registradas para o tomate (-33,24%), o ch� de dentro (-3,21%) e o a��car cristal (-7,20%). Os vil�es foram: feij�o carioquinha (8,79%), leite pasteurizado (3,09%), caf� mo�do (5,02%) e banana caturra (1,24%).
Palavra de especialista
Andr� Braz, economista da Funda��o Getulio Vargas (FGV)
“A infla��o em todo o pa�s segue trajet�ria semelhante. Um fato que se destacou em Belo Horizonte foi a pol�tica de reajuste de tarifas p�blicas, pois s�o despesas que pesam muito no or�amento familiar e n�o podem ser substitu�das, caso da energia el�trica, �gua e tarifas de transporte p�blico. Esse aumentos, quando est�o acima da m�dia, oneram muito o or�amento. J� outros itens que t�m influ�ncia direta da sazonalidade em um m�s podem provocar grande influ�ncia (batata, tomate, entre outros), mas n�o preocupam tanto, pois depois apresentam queda.”