A pior crise financeira nos �ltimos 70 anos eclodiu nos pa�ses ricos. Mas agora esses governos cobram, justamente das economias em desenvolvimento, um abandono de pol�ticas de est�mulo ao crescimento, eleva��o de taxas de juros e cortes de gastos. Tudo para permitir que os pa�ses ricos, que patinam para sair da crise, evitem a “importa��o da infla��o” e possam apresentar crescimento sustent�vel.
A cobran�a � feita pelo Banco de Compensa��es Internacionais (BIS), alertando que a infla��o nos pa�ses emergentes amea�a a recupera��o da economia mundial, mas abrindo um racha entre emergentes e ricos. O BIS (o banco central dos bancos
A cobran�a irritou representantes dos emergentes e alguns ironizaram o alerta como mais uma tentativa de transferir aos mercados em desenvolvimento a responsabilidade por tirar a economia mundial da incerteza. O BIS estima que o impacto da alta nos pre�os se transformou em uma realidade para a grande maioria dos pa�ses emergentes. Mas seu efeito tem ido al�m, com preju�zos para a recupera��o da Europa, dos Estados Unidos e do Jap�o.
Dos 21 bancos centrais no mundo que t�m metas de infla��o, oito j� a estouraram, entre eles a zona do euro, o Reino Unido, a Turquia, o Chile e a pr�pria Nova Zel�ndia, onde a ideia das metas foi criada. Apenas Su��a e Noruega est�o com infla��o sob o centro da meta.
Para o BIS, os emergentes precisariam tomar duas a��es: continuar a elevar os juros e, ao mesmo tempo, cortar os gastos p�blicos para desaquecer suas economias. No caso do Brasil, a estimativa � a de que o Pa�s tamb�m ter� de seguir com sua pol�tica de eleva��o de taxas de juros e corte de gastos. Mas o BIS optou por destacar o trabalho do BC como um exemplo de autoridade monet�ria que estaria focada no esfor�o de reduzir a infla��o.