A redu��o do pre�o do etanol nas usinas de S�o Paulo e nos distribuidores verificada nas �ltimas tr�s semanas, como apontou o indicador semanal elaborado pelo Centro de Estudos Avan�ados em Economia Aplicada (Cepea) da Universidade de S�o Paulo (USP), j� � resultado da entrada da safra de cana-de-a��car, afirmou o representante da Uni�o da Ind�stria de Cana-de-A��car (Unica) na cidade de Ribeir�o Preto (SP), S�rgio Prado. H� uma expectativa de que os pre�os do etanol nas usinas continuem caindo, mas ainda n�o � poss�vel fazer uma previs�o de at� quando isso vai ocorrer ou a qual valor poder� chegar.
Um dos problemas para atender a demanda, de acordo com Prado, � que existe um descompasso entre o setor sucroalcooleiro e a oferta de carros flex no mercado, o que pode implicar em dificuldades no abastecimento e, consequentemente, no pre�o do produto.
“Desde 2006 temos problemas de financiamento para amplia��o da oferta. Com a crise de financiamento do setor, que foi agravada pela crise mundial de cr�dito, deixamos de ampliar e investir na lavoura e nas f�bricas, e uma oferta mais confort�vel [do produto] n�o foi gerada por causa de uma quest�o econ�mica. O carro flex, por um lado, andou numa velocidade consider�vel e forte e a oferta n�o andou na mesma velocidade. H� um descompasso”, afirmou Prado, em entrevista � Ag�ncia Brasil.
Segundo ele, para evitar problemas como esse � necess�rio que a produ��o de cana-de-a��car cres�a, o que vai exigir mais investimento. “Temos que ter um ciclo de investimento que melhore a oferta nos pr�ximos anos, melhore o canavial – que est� envelhecido e perdeu produtividade, amplie as f�bricas e crie novas unidades produtoras. Tudo isso precisa ser feito. Se h� um mercado
Um dos problemas que levou ao aumento do pre�o do etanol nas bombas e � falta do produto em alguns postos neste ano, segundo Prado, foi uma “situa��o at�pica e complexa” que gerou perda na produ��o da safra 2009/2010. A principal raz�o, de acordo com ele, foi o clima.
“No ano passado e em 2009, tivemos problemas de perda na produ��o em fun��o do clima. Deixamos de produzir 5 bilh�es de litros [de etanol]. Isso � um volume consider�vel, levando em conta que, no ano passado, a gente teve um consumo m�dio mensal, segundo a Ag�ncia Nacional do Petr�leo, G�s Natural e Biocombust�veis (ANP), na faixa de 2 bilh�es de litros. Perdeu-se, em dois anos, quase dois meses e meio de consumo, o que afetou o mercado”, explicou.
Prado ressaltou que o aumento no pre�o do produto n�o foi ocasionado apenas pelo per�odo de entressafra, mas pelos problemas na produ��o provocada pelo clima e tamb�m pela falta de investimentos que impediram a exist�ncia de uma oferta extra de etanol no mercado.
“N�o � uma quest�o localizada de entressafra. N�s tivemos problemas de oferta e, agora, circunstancialmente, temos um mercado mais equilibrado. A safra nova colocou produto novo no mercado e isso derrubou o pre�o”, afirmou.