Para os presidentes da Confedera��o Nacional da Ind�stria (CNI) e da Federa��o das Ind�strias do Estado de S�o Paulo (Fiesp), a decis�o do governo brasileiro de dificultar a importa��o de autom�veis, principalmente vindos da Argentina, foi acertada. Por essa medida, n�o haver� mais a libera��o autom�tica na entrada dos ve�culos no pa�s.
Segundo o presidente da CNI, Robson de Andrade, a decis�o do governo “� correta e prudencial. Apoiamos e aplaudimos essa medida. Achamos que est� no caminho certo. N�o � uma quest�o voltada para a Argentina, � quest�o de proteger e de dar isonomia para o mercado brasileiro e para a ind�stria brasileira com rela��o ao resto do mundo. Tanto que a medida n�o afeta apenas as importa��es da Argentina”.
Para Paulo Skaf, presidente da Fiesp, a decis�o foi acertada, embora tardia. “Essa medida que s� agora o governo tomou, e que n�o foi s� com a Argentina, a Argentina j� faz conosco h� muito tempo. Se o governo brasileiro errou em alguma coisa foi em n�o ter tomado essa medida antes”.
“Tem que haver respeito m�tuo. N�o podem os argentinos criar problemas e n�s sermos sempre tolerantes. � chegada a hora da toler�ncia diminuir”, acrescentou Skaf.
De acordo com o presidente da Fiesp, as dificuldades criadas pelo governo brasileiro n�o devem provocar riscos para as rela��es comerciais do Mercosul. “N�o h� risco nenhum ao Mercosul. O Mercosul � maior do que medidas pontuais setoriais”, afirmou ele.
Segundo Skaf, se medidas como essa prejudicassem as rela��es entre os pa�ses do Mercosul, o bloco econ�mico “j� teria acabado h� muito tempo”, j� que a Argentina, de acordo com ele, criou “in�meras medidas protecionistas e dificuldades aos produtos brasileiros”.