
O acordo que triplicou o valor pago pelo Brasil ao Paraguai pela energia da Hidrel�trica de Itaipu agradou ao pa�s vizinho, mas n�o fez os paraguaios desistirem da ideia de que deveriam dispor da sua parte na produ��o da maneira que quisessem - inclusive vend�-la para outros pa�ses que n�o o Brasil.
Mesmo festejando o acordo, o vice-presidente paraguaio, Federico Franco, declarou � imprensa local que esse era apenas “o in�cio, a ponta do iceberg” de uma reclama��o leg�tima e hist�rica do pa�s. No Congresso paraguaio, deputados da situa��o e da oposi��o tamb�m elogiaram o acordo, mas sempre com a ressalva de que era necess�ria a busca da “reivindica��o plena”.
O maior entrave do caminho das inten��es paraguaias � o pr�prio acordo de Itaipu. Um dos seus artigos diz que um dos s�cios tem o direito de comprar toda a energia n�o utilizada pela outra parte. E esse � um direito que o Brasil n�o est� disposto a abrir m�o, deixa claro um diplomata. Para que isso fosse mudado seria necess�rio alterar o tratado e, como haveria preju�zo para uma das partes, a mudan�a dependeria de uma aprova��o dos dois Congressos nacionais - algo quase imposs�vel de passar no Brasil onde o Senado j� reclamou de atualizar os valores pagos pela energia excedente comprada do Paraguai.