Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econ�mico e Social (BNDES) somaram R$ 24,898 bilh�es entre janeiro e mar�o de 2011, um recuo de 2% na compara��o com o mesmo per�odo do ano anterior. Esta foi a primeira queda no desembolso desde 2006, considerando-se apenas os primeiros trimestres, informou hoje o banco.
O presidente da institui��o, Luciano Coutinho, afirmou que o BNDES est� cumprindo seu papel de arrefecer o ritmo de desembolsos para moderar a expans�o do cr�dito neste ano. Segundo ele, os investimentos reduziram o ritmo de crescimento, depois de um forte ano de expans�o em 2010. "Estamos contribuindo para moderar a expans�o do cr�dito", afirmou, em entrevista � imprensa para a divulga��o dos resultados do banco. Para ele, este � um momento de inflex�o de expectativas para a infla��o, em que � preciso moderar o ritmo de crescimento para colocar a infla��o dentro da meta do governo, cujo teto � de 6 5%.
Coutinho afirmou ainda que a expectativa do banco � alcan�ar uma taxa de investimentos de, no m�nimo, duas vezes a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). "O ritmo de crescimento dos investimentos estava forte demais, fechou o ano (2010) crescendo quase 21,5%. Agora, o objetivo � o crescimento relevante, mas moderado, e acima do crescimento do PIB", disse Coutinho.
De acordo com o presidente do BNDES, houve uma mudan�a da pol�tica operacional do banco, com redu��o dos n�veis de cobertura. "N�s estamos entregando aquilo com que n�s nos comprometemos, de moderar a expans�o da concess�o de empr�stimos do BNDES. O ritmo dos investimentos, que estava crescendo a 20%, agora est� crescendo a 10%, 11%", afirmou.
Petrobras
Os desembolsos do BNDES somaram R$ 143,1 bilh�es no per�odo de 12 meses encerrado em mar�o, uma queda de 1% em rela��o ao mesmo per�odo do ano anterior. O montante exclui a opera��o de capitaliza��o da Petrobras, de setembro do ano passado. Segundo o BNDES, o resultado reflete o objetivo do governo de abrir espa�o para maior participa��o do mercado privado de capitais no financiamento de longo prazo do Pa�s.
Em mar�o, isoladamente, os desembolsos alcan�aram R$ 7,7 bilh�es queda de 18% em rela��o a mar�o de 2010. As consultas recuaram 26% em mar�o, para R$ 15,2 bilh�es, o que o BNDES atribuiu � alta base de compara��o.
As aprova��es cresceram 23% no primeiro trimestre deste ano ante o mesmo per�odo do ano passado, para um total de R$ 36,2 bilh�es. No acumulado dos 12 meses at� mar�o, cresceram 16%, para R$ 207,4 bilh�es, tendo a ind�stria como destaque. O banco acrescenta que o n�mero de aprova��es e de enquadramentos no trimestre mostra que as perspectivas de investimento continuam favor�veis.
Os enquadramentos tiveram expans�o de 13% no trimestre, acumulando R$ 37,1 bilh�es, e alta de 41% em 12 meses, acumulando R$ 235,4 bilh�es. As consultas a novos financiamentos cresceram 17%, para R$ 249 bilh�es, nos �ltimos 12 meses. Os setores de alimentos e bebidas lideraram a an�lise setorial, com alta de 103% nas aprova��es.