Os consumidores de energia el�trica ter�o em breve a op��o de pagar previamente pelo servi�o e monitorar seus gastos, como j� ocorre na telefonia celular. A Ag�ncia Nacional de Energia El�trica (Aneel) quer regulamentar a modalidade de pr�-pagamento da conta de energia el�trica, a exemplo da telefonia m�vel, no segundo semestre deste ano, como uma op��o a mais ao consumidor. Essa modalidade propicia ao consumidor uma melhor gest�o do seu consumo de energia el�trica, pela possibilidade de monitoramento do consumo
em tempo real e informa, por meio de avisos sonoros e luminosos, quando os cr�ditos est�o pr�ximos a se esgotarem.A ado��o do procedimento depende de regulamento espec�fico, que est� em fase de elabora��o e que ficar� dispon�vel para participa��o da sociedade, por meio de consulta e audi�ncia p�blica. Tamb�m est� previsto um semin�rio internacional para interc�mbio de informa��es e debates com agentes, especialistas do setor, �rg�os de defesa do consumidor e demais entidades sobre as experi�ncias de outros pa�ses. Durante os estudos para implanta��o do pr�-pagamento, a Aneel vai analisar os benef�cios tarif�rios que essa op��o poder� representar.
A ado��o do pr�-pagamento de energia no Brasil, segundo a Aneel, depende tamb�m da regulamenta��o para medidores adequados, quest�o que est� sendo estudada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza��o e Qualidade Industrial (Inmetro), com participa��o da Aneel.
O pr�-pagamento de energia, segundo a ag�ncia, � utilizado em diversos pa�ses, como Reino Unido, Estados Unidos, Fran�a, Austr�lia, Mo�ambique, �frica do Sul e, recentemente, tamb�m passou a ser adotado em pa�ses da Am�rica do Sul, como Peru, Col�mbia e Argentina. Pesquisas realizadas na Col�mbia e na Argentina demonstram grande aceita��o e satisfa��o do consumidor com �ndices superiores a 80%.
No Brasil, a primeira iniciativa ocorreu em 2005, com a autoriza��o da Aneel para que a Ampla Energia e Servi�os S/A implantasse o sistema de faturamento na modalidade pr�-pago, em car�ter experimental, com o prop�sito de atender aos consumidores localizados em sua �rea de concess�o, no Estado do Rio de Janeiro.
Na �rea rural, especialmente em �reas remotas, de dif�cil acesso as Centrais El�tricas do Par� S/A (Celpa) e a Amazonas Distribuidora de Energia S.A. (Adesa) foram autorizadas a adotar a modalidade em comunidades isoladas, para avaliar resultados relacionados � redu��o dos custos com servi�os de leitura, entrega de faturas, suspens�o e religa��o, fatores que contribuem para mitigar o impacto tarif�rio ao consumidor.