O governo alem�o declarou nesta quarta-feira apoiar "enfaticamente" a candidatura da ministra de Finan�as da Fran�a, Christine Lagarde para o posto de diretor-gerente do Fundo Monet�rio Internacional (FMI). O nome tamb�m foi elogiado por outros pa�ses da Europa, mas ela deve enfrentar a resist�ncia de na��es emergentes, al�m das cr�ticas por n�o possuir conhecimento formal em economia.
Christine tamb�m enfrenta uma acusa��o de abuso de autoridade em uma disputa judicial de 2007.O FMI deve receber tr�s candidaturas para seu comando. O per�odo de inscri��es dos nomes vai at� 10 de junho e um vencedor deve ser anunciado at� 30 de junho. Steffen Seibert, porta-voz da chanceler alem�, Angela Merkel, disse que Lagarde possui bastante conhecimento sobre a crise da d�vida soberana enfrentada pela Europa, "na qual o FMI tem um papel importante". Al�m disso, Seibert afirmou em entrevista coletiva que, dada a familiaridade da candidata com o tema, ela poderia trabalhar imediatamente, caso seja a escolhida. O porta-voz disse ainda que a francesa � competente e tem anos de experi�ncia em altas posi��es na iniciativa privada, na pol�tica e nos governos, com import�ncia internacional.
V�rios pa�ses emergentes demonstraram recentemente frustra��o com o fato de a Europa querer manter a tradi��o de garantir para si o cargo de comando do FMI. Por um pacto entre o continente e os EUA, um europeu ocupa o posto de diretor-gerente do FMI, enquanto um norte-americano preside o Banco Mundial.
Christine Lagarde disse que sua candidatura n�o deve ser vista pelo prisma da nacionalidade e afirmou que n�o � uma candidata da Uni�o Europeia, da zona do euro ou da Fran�a. "O fato de eu ser europeia n�o deve ser um ponto positivo, nem negativo."
Perfil
Alguns cr�ticos j� questionaram a falta de credenciais de Christine para comandar o FMI, dada sua aus�ncia de conhecimento formal em economia. A ministra das Finan�as ressaltou seus pontos fortes: "Se eu for eleita, levarei ao fundo toda minha experi�ncia como advogada, l�der empresarial, ministra e mulher" afirmou. O FMI nunca foi comandado por uma mulher.
Antes de entrar na pol�tica francesa, Lagarde teve uma longa carreira como advogada de corpora��es, parte dela nos EUA. Em 2005, ela retornou � Fran�a para se tornar ministra do Com�rcio no governo do ent�o presidente Jacques Chirac. Ela � membro do Uni�o por um Movimento Popular (UMP), o mesmo partido do presidente Nicolas Sarkozy.
Christine disse ainda que est� buscando um mandato integral, de cinco anos, e n�o apenas um per�odo para completar o restante do mandato de Dominique Strauss-Khan, que renunciou ap�s ser acusado de crimes sexuais em Nova York, onde est� em pris�o domiciliar.
Um obst�culo diante da ministra � judicial. Em 2007, Christine enviou um caso entre o Estado franc�s e o empres�rio Bernard Tapie a um painel de arbitragem, n�o deixando que o tribunal continuasse seu trabalho. No in�cio deste m�s, um promotor recomendou que sua conduta fosse examinada por um tribunal especial para ministros em exerc�cio. O promotor, Jean-Louis Nadal, afirmou que havia reunido informa��es apontando para um poss�vel "abuso de autoridade". O tribunal deve decidir em meados de junho se abrir� um inqu�rito no caso. A ministra garante nunca ter extrapolado sua autoridade.