O impasse envolvendo a supens�o da concess�o de licen�as autom�ticas para a venda de autom�veis e autope�as da Argentina para o Brasil n�o contaminou as rela��es entre os dois pa�ses, assegurou o ministro das Rela��es Exteriores, Antonio Patriota. O chanceler disse nesta quinta-feira que “� natural” a ocorr�ncia de controv�rsias comerciais quando h� rela��es intensas envolvendo as na��es.
“� natural que isso ocorra entre dois parceiros comerciais que t�m um com�rcio t�o significativo, pode haver quest�es t�picas que surgem”, disse o chanceler brasileiro, no Itamaraty, depois de almo�ar com a ministra dos Assuntos Exteriores e da Coopera��o da Espanha, Trinidad Jim�nez. “Isso acontece entre Uni�o Europeia e Estados Unidos”, comparou.
Patriota informou que conversou hoje com o ministro das Rela��es Exteriores da Argentina, H�ctor Timerman, sobre as negocia��es para a reintegra��o de Honduras � Organiza��o dos Estados Americanos (OEA). O pa�s foi suspenso como puni��o ao golpe de Estado que dep�s o ent�o presidente Manuel Zelaya.
Nos �ltimo dias, o secret�rio executivo do Minist�rio do Desenvolvimento, Ind�stria e Com�rcio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, e o secret�rio da Ind�stria da Argentina, Eduardo Bianchi, decidiram que representantes dos dois pa�ses far�o reuni�es mensais para discutir a quest�o das barreiras comerciais impostas por ambos os lados.
H� pouco mais de 15 dias, o MDIC suspendeu a concess�o de licen�as autom�ticas para os autom�veis e autope�as importados da Argentina. A iniciativa fez com que a autoriza��o para entrada dos produtos argentinos demore at� 60 dias para ser aprovada.
Os argentinos resolveram adotar regra semelhante para os produtos do Brasil. Os empres�rios brasileiros reclamam da reten��o nas alf�ndegas. Com isso, o preju�zo � imediato em rela��o a alguns produtos, como alimentos, enquanto outros sofrem com a concorr�ncia interna, como cal�ados e pneus.